Crepúsculo, ocaso, porvir, véspera, perder a tramontana, hora da onça beber água

*Por Ari Riboldi

Crepúsculo

Claridade no céu entre a noite e o nascer do Sol ou entre o cair do Sol e a noite.

Do latim “crepuscullum”, luz fraca, diminutivo do adjetivo “creperus”, incerto, vago, indefinido, duvidoso.


Crepúsculo da vida

Velhice, fase final da vida de uma pessoa.


Crepúsculo matutino

O que ocorre ao nascer do dia, entre a noite a o sol nascente.


Crepúsculo vespertino

O que ocorre ao final da tarde, entre o pôr do sol e a noite.

Ocaso

Desaparecimento ou aparente declínio de um astro no horizonte, do lado oeste, proveniente do movimento diurno; poente; o lado do horizonte onde o Sol parece esconder-se. No sentido figurado, ocaso significa o que se encaminha para a ruína, decadência ou para o fim; declínio, queda, extinção, morte. Antônimo de alvorada, aurora, amanhecer.

Do latim “ocasum”, do verbo “occidere”, cair, perecer, formado por “ob” e “cadere”, cair.

Pôr do sol

Momento em que o Sol desparece no horizonte; sol poente, sol cadente, crepúsculo.    Deve-se atentar para a grafia correta: sem hífen e com acento circunflexo no verbo. O verbo pôr e seus derivados (compor, dispor, transpor, repor, etc) é considerado da segunda conjugação, como um caso especial, pois no latim era da segunda conjugação “ponere”, passando para o Português como “poer” e depois como “pôr”.

Porvir

Termo formado pela preposição por e o verbo vir. Tempo que está por vir, por acontecer; o futuro.

 


Véspera

Dia que antecede aquele que se espera (por exemplo,  domingo é véspera de segunda-feira). Usa-se o plural “vésperas”, para designar o período, os dias que antecedem um fato ou acontecimento.





Vespertino

O que ocorre no período da tarde, antes da noite.

Do latim “vespertinus’, da tarde, termo derivado de “vesper”, “vesperis”, estrela Vésper, planeta de Vênus, quando aparece à tarde.

Hora da onça beber água

Hora de grande perigo; momento de tensão que exige imediatas providências para a solução de um grave problema; instante decisivo.

Na lei da selva, essa hora corresponde ao final da tarde, no ocaso, período em que grande número de animais sai dos esconderijos e se dirige às fontes, às nascentes d’água para saciar a sede. Para muitos deles, constitui-se na hora do perigo, pois é o momento propício para a onça, hábil e temida caçadora, agir e arrebanhar as suas presas para mais uma refeição.

Perder a tramontana

Perder o rumo, ficar desorientado, desnortear-se, ficar perturbado. Aplicava-se, antigamente, a quem se perdia no mar, sem saber para onde rumar, e também para quem se perdia dentro da mata, neste último caso, ficando sem saber o caminho de retorno.

A tramontana é a estrela polar, isto é, a que está além, do outro lado dos montes. Em italiano é a “stella tramontana”; em latim, “transmontanus”. Para os navegantes, o Norte, indicado pela bússola, e o Oriente, onde nasce o Sol, sempre serviram de referência para indicar o melhor rumo. Perder a tramontana, ou seja, a visão da estrela polar, situada ao Norte, além dos Alpes, significava ficar desnorteado (sem saber onde está o Norte) e desorientado (sem saber onde nasce o Sol). A palavra oriente vem do latim “oriens”, sol nascente. A partir disso, fica mais fácil compreender o emprego e significado de orientar e desorientar e seus derivados.

Ditado popular

Antes tarde do que nunca

Aplica-se, especialmente, às pessoas que abandonam conduta inadequada ou um vício bem tarde da vida, depois de desperdiçarem várias oportunidades de fazê-lo antes. Se o descaminho fosse corrigido mais cedo, os benefícios seriam melhores para o indivíduo e para os que o cercam. Mesmo assim, é sempre melhor abandonar o erro, mesmo depois de repeti-lo por muito tempo.

Professor e escritor

   aririboldi@terra.com.br


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