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Marchezan entrega licença para revitalização do Cais Mauá

05/12/2017 14:59:15

Foto: Eduardo Beleske/PMPA
Após três décadas de tratativas, renovação do espaço começa a tornar-se concreta

Após três décadas de tratativas, renovação do espaço começa a tornar-se concreta

Foto: Eduardo Beleske/PMPA
Prefeito reafirmou a importância das parcerias para investimentos e serviços

Prefeito reafirmou a importância das parcerias para investimentos e serviços

O projeto de revitalização do Cais Mauá deu um passo decisivo nesta terça-feira, 5. Em ato realizado no pórtico central do Cais, a Prefeitura de Porto Alegre entregou ao empreendedor Cais Mauá do Brasil S.A. a Licença de Instalação (LI), que permite o início das obras no local. Com a emissão da licença, após três décadas de debates e tratativas por diferentes governos, a renovação do espaço começa a tornar-se concreta. (Fotos)
 
O prefeito Nelson Marchezan Júnior agradeceu aos empreendedores, que persistiram e continuam acreditando em Porto Alegre. Ele reafirmou a importância das parcerias privadas para a execução de serviços e de investimentos necessários para a população. “Isso representa um novo tempo para a cidade”, disse o prefeito, lembrando os esforços de diferentes governos estaduais e municipais para que o projeto fosse viabilizado. Marchezan destacou ainda o projeto aprovado pela Câmara Municipal, em dezembro de 2009, que definia as diretrizes para a revitalização. “Porto Alegre vai ganhar, sem recursos públicos, áreas de lazer, restaurantes, praças, lojas e negócios. É a nossa entrada da cidade”, destacou, enfatizando que haverá um sentido de pertencimento à população.
 
Já o secretário do Meio Ambiente e da Sustentabilidade, Maurício Fernandes, assinalou o impacto social do empreendimento, que, após a sua conclusão, deve gerar 28 mil empregos diretos e indiretos, além da preservação das áreas tombadas. “É chegada a hora de avançarmos, com sustentabilidade”, completou.
 
O projeto – A primeira etapa consiste no restauro de 11 armazéns para uso cultural e comercial e implantação de dez praças. O Muro da Mauá será recuperado, com previsão de um trecho com queda d’água e outro com revestimento de vegetação, além de um estacionamento com 400 vagas. O projeto está amparado por estudos e projetos de dois dos mais reconhecidos escritórios de arquitetura e urbanismo do mundo: do brasileiro Jaime Lerner e do espanhol b720 Fermín Vázquez, autor do projeto do Mercado dos Encantos, em Barcelona, entre outros.
 
A estimativa do diretor de Operações do Cais Mauá, Sérgio Lima, é que as obras comecem em março de 2018. Durante esse período, explicou, o empreendedor vai estabelecer um cronograma com o governo do Estado, comprovar a capacidade financeira junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e fazer o chamamento das empreiteiras que executarão a obra. O prazo de conclusão dos trabalhos é estimado em dois anos.
 
Depois dos armazéns, será a vez das docas, que deverão ganhar um centro de eventos e três torres – um hotel e dois edifícios comerciais. A Praça Edgar Schneider será revitalizada. A terceira fase contempla a região entre a Usina do Gasômetro e o Armazém A6, que deverá contar com centro comercial de dois andares e jardim previsto no terraço. O estacionamento coberto vai abrigar 2,2 mil veículos. Cada uma dessas etapas tem previsão de durar dois anos.
 
A diretora-presidente da Cais Mauá do Brasil S.A, Júlia Costa, afirmou que o momento era de agradecer muito e trabalhar. Segundo ela, a relação com o poder público segue por conta da fiscalização e das obras que começam. “A obra vai dar uma cara nova ao Centro Histórico”, destacou, reiterando que o restauro respeita as características do projeto original. “Projeto para que o Rio Grande possa receber mais turistas”, assinalou.
 
Em seu pronunciamento, o governador José Ivo Sartori disse que esse é um momento histórico e que a revitalização não é apenas para os porto-alegrenses, mas para todos os gaúchos e gaúchas. Sartori saudou as iniciativas dos diversos governos, fruto de uma construção coletiva, para que se chegasse ao momento da autorização da Licença de Instalação. “Essa paisagem é o maior patrimônio da nossa Capital. O que desejamos é que seja devolvida a todos”, completou.
 
Estiveram presentes o ex-governador Germano Rigotto, ex-prefeito José Fortunati, o representante do ex-prefeito José Fogaça, Clóvis Magalhães, a representante da governadora Yeda Crusius, Maria Helena Gonzalez, o deputado Tiago Simon, representando a Assembleia Legislativa, o presidente da Câmara Municipal, vereador Cássio Trogildo, vereadores, deputados estaduais, secretários municipais e estaduais, além de executivos da Cais Mauá do Brasil, representantes da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários e presidentes e representantes de entidades e federações.
O atual projeto de revitalização é da empresa Cais Mauá do Brasil S.A. Ela venceu a licitação feita durante o governo Yeda Crusius, em 2010, após décadas de debates sobre como recuperar a área do Cais.

O projeto da vencedora da licitação prevê, entre outros: 
- Dez praças de lazer para diferentes usos
- Mais de 11 mil metros quadrados de área verde
- Em relação ao Centro Histórico, aumento de 40% em número de praças e 64% em área verde
- Noventa e três mil metros quadrados de áreas abertas, urbanizadas com tratamento paisagístico
- Livre acesso para população apreciar o Guaíba
- Área arrendada de 181 mil metros quadrados, sendo 93 mil metros quadrados de área de livre acesso para lazer da população
- Área de livre acesso de 3,2 mil metros de waterfront (orla) para a população contemplar o Guaíba
- Previsão de 12,5 milhões de visitantes por ano na fase de operação plena (o Shopping Praia de Belas, por exemplo, recebe 10,6 milhões de visitantes por ano).
- R$ 500 milhões em investimentos pelo setor privado
- Cerca de R$ 216 milhões em impostos e contribuições municipais, estaduais e federais
- O espaço contempla ainda, polo de design e decoração, hotel, terminal de passageiros. 
 
 


/obras /orla

Texto de: Eliane Iensen
Edição de: Fabiana Kloeckner
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.

                        
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