Porto Alegre em análise teve grande participação

27/03/2015 20:10:42

Foto: Maia Rubim/PMPA

Painel Resiliência e Desenvolvimento Humano foi uma das programações

Foto: Maia Rubim/PMPA

Capital tem nível elevado de IDH, diz Busatto

Não podemos ter a visão idealista de uma cidade perfeita, apesar de Porto Alegre estar com uma qualidade de vida invejável, há muito que avançarmos. E esse avanço passa pela qualidade da informação sobre a cidade. Com essa avaliação, o secretário municipal de Governança Local, Cezar Busatto, saudou os presentes na abertura do Porto Alegre em Análise 2015, na tarde desta sexta-feira, 27, que lotou o auditório da Fundação de Economia e Estatística (FEE).

O Porto Alegre em Análise é uma iniciativa do ObservaPOA e está na programação oficial da Semana de Porto Alegre há três anos, trazendo um balanço da situação da cidade a partir de informações objetivas do IBGE, IPEA e PNUD, que trazem elementos concretos para a avaliação da cidade. A terceira edição trata do índice de desenvolvimento humano (IDH) da Região Metropolitana de Porto Alegre e das Regiões do Orçamento Participativo.

Busatto destaca que Porto Alegre está em nível elevado de IDH, com 0,805. Entretanto, se forem avaliadas as várias “cidades” dentro da capital gaúcha, pode haver mudanças significativas. “A Porto Alegre da Região Centro tem um IDH de 0,900, muito superior ao da Porto Alegre da Lomba do Pinheiro, com 0,640. Essa análise permite o cruzamento de informações sobre saúde, educação e qualidade de vida, de um modo geral, com vistas a reduzir essas desigualdades”, destaca.

Apesar da disparidade, o secretário de Governança destaca que a cidade como um todo ficou melhor em termos de IDH nos últimos anos. “Essa é uma boa notícia, mas as desigualdades entre os que têm mais riqueza e os que têm menos cresceu na cidade”, avalia.

Porto Alegre Resiliente – Busatto afirmou que um caminho para reduzir a desigualdade é o projeto Porto Alegre Resiliente, um esforço não só do poder público municipal, mas também da iniciativa privada, terceiro setor, voluntários, universidades, entre outros setores da sociedade, que visa a encontrar caminhos para melhorar a convivência. “Uma cidade resiliente é mais integrada, mais igual, mais próxima, mais solidária”, diz.
O painel Resiliência e Desenvolvimento Humano foi uma das programações do Porto Alegre em Análise. Busatto, que é o coordenador do projeto pela Fundação Rockefeller dos Estados Unidos, e equipe debateram sobre como as informações e indicadores contidos no Atlas do Desenvolvimento Humano podem contribuir no processo de implementação e consolidação da resiliência nas comunidades das regiões do Orçamento Participativo (OP).

O evento contou ainda com a participação do diretor-superintendente da Metroplan, Pedro Brich Neto, do diretor-técnico da FEE, Martinho Lazzari, e do coordenador do ObservaPOA, Rodrigo Rangel, que coordenou os trabalhos.

Painéis:
- Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana – Porto Alegre no Contexto do Brasil: Samantha Dotto Salve, do PNUD; Bárbara Oliveira Marguti, do IPEA; e Vera Scarpelli, da Fundação João Pinheiro.
- Indicadores Metropolitanos: Esteban Santana Carrion, da Metroplan; e Cristina Maria dos Reis, da FFE.
- Indicadores Regionais e UDHs de Porto Alegre: Liane Bayard, do ObservaPOA.
 Resiliência e Desenvolvimento Humano: Rodrigo Rangel, do ObservaPOA, Patrik Fontes e Davi Madalena.

Veja aqui informações do Atlas do Desenvolvimento Humano.



/governanca

Texto de: Indaiá Dillenburg
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.