O Natal é uma adaptação católica de antigas festas pagãs. Estas festas eram promovidas por culturas ancestrais para comemorar o solstício de inverno e trazer boa sorte na agricultura.
O solstício de inverno é a noite mais longa do hemisfério norte, e acontece no final de dezembro. Depois do solstício, o sol vai gradativamente aumentando seu tempo de exposição no céu. A celebração do solstício é atribuída a épocas anteriores ao nascimento de Cristo. Na antiguidade, significava uma virada das sombras para a luz - o renascimento do sol.
O costume foi adotado pelos gregos e, logo em seguida, pelos romanos, que perpetuaram a tradição através das Saturnálias, realizadas entre os dias 17 de dezembro e 1º de janeiro. Os persas, por sua vez, comemoravam, neste período, o nascimento de Mitra, Deus do Sol. Os persas acreditavam que um pequeno sol nascia sobre a forma de um bebê, comemorando em 25 de dezembro o Dia do Nascimento do Sol Invicto. Grandes jantares e árvores verdes ornamentadas enfeitavam átrios para espantar os maus espíritos da escuridão, e presentes de bom agouro eram ofertados aos amigos.
No Egito, celebrava-se a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Povos antigos da Grã-Bretanha também comemoravam o evento. As festividades aconteciam ao redor do monumento de Stonehenge, construído em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano. A construção existe até hoje.
Até os primeiros três séculos da era cristã, a humanidade não celebrava o Natal como conhecemos hoje. Foi preciso que o Império Romano adotasse o cristianismo como religião oficial, no século IV. A partir desse momento, a Igreja passou a conferir significados católicos para as tradições e os simbolismos pagãos. Foi a apropriação destes cultos, sobretudo o de Mitra, que acabou gerando o nosso Natal, com a data de nascimento de Cristo sendo celebrada no dia 25 de dezembro.