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02/03/2008

Começa restauração da igreja Nossa Senhora das Dores

O prefeito José Fogaça autorizou no dia 25 de novembro a ordem de início para restauração da Igreja Nossa Senhora das Dores (Rua dos Andradas, 597), em solenidade no local. Financiadas pelo Programa Monumenta, as obras serão executadas pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC). Com investimento de R$ 1,9 milhão, a iniciativa integra o Programa Viva o Centro, para revitalização da área central da cidade.

Serão restaurados o telhado, torres e escadas, esquadrias, além da pintura exterior e da reforma do salão paroquial. Também serão construídos sanitários e rampas de acesso. As obras deverão ser concluídas em cerca de um ano.

Acompanhado do secretário municipal da Cultura, Sergius Gonzaga, Fogaça destacou o vínculo da cidade com a Igreja Das Dores e o empenho da comunidade para assegurar melhorias à edificação, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1938. “É um compromisso da cidade com a igreja. Há muito tempo o governo não investia neste prédio. Há um processo solidário e ativo da paróquia e da comunidade para garantir estruturas sólidas na igreja que possam durar muitos anos”, afirmou o prefeito. Fogaça observou ainda a participação do governo federal, setores privados e comunidade na restauração de prédios históricos no centro.

A última restauração foi feita com recursos privados. A partir de 2001, a paróquia empenhou-se para a restauração do interior da igreja, melhoria do estacionamento e ampliação do salão de festas, através de financiamento por leis de incentivo estadual e federal. Contando com esses mecanismos, em 2002 foi realizada a troca de fiação e em 2003 iniciada a restauração dos seus bens integrados: forro da nave, retábulos laterais, púlpitos, pinturas murais, coro, museu e acervo de arte sacra, capela do Santíssimo e capela do Cristo Morto. Essas obras foram financiadas com patrocínio principal da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), à qual se somaram as empresas GKN, Sulgás e Telhas Vogel, num montante de R$ 800 mil.

As restaurações e obras anteriores foram realizadas com investimentos públicos. As intervenções em caráter emergencial foram executadas no telhado e forro em 1980, na capela-mor em 1996 e na escadaria em 1998.

O Programa Monumenta, do Ministério da Cultura, abrange 26 cidades históricas brasileiras e dispõe de recursos oriundos do orçamento federal, de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de recursos das prefeituras onde o programa está inserido, contando com a parceria da UNESCO e da Caixa Econômica Federal. Seu objetivo é a recuperação física sítios históricos urbanos brasileiros e seus monumentos e criar referenciais para uma gestão sustentada do patrimônio cultural, trazendo a população para usufruir dos centros históricos e reforçar com eles sua identidade e referências afetivas.
História

Na Porto Alegre de 1807 a irmandade devota a Nossa Senhora das Dores rezava missas na Igreja da Matriz, situada onde hoje está a atual Catedral Metropolitana, e resolveu  construir o seu próprio templo. A pedra fundamental daquela igreja foi lançada em um terreno entre as ruas do Cotovelo (Riachuelo) e da Praia (Andradas), às margens do Guaíba. A obra completa da igreja foi inaugurada quase cem anos depois, em 1903. O longo tempo da execução das obras fez com que ocorresse uma justaposição de estilos: o corpo da igreja no estilo colonial, com características da arquitetura tradicional luso-brasileira, e fachada com característica neoclássica, apresentando frontispício e altas torres ornamentados com esculturas com motivos religiosos.

No período inicial da empreitada, um ex-escravo conhecido como Preto José, era o responsável pelas medidas da obra, o que pode indicar que escravos tenham participado da construção. Na década de 1860 foi colocado o madeiramento do telhado e a abóbada da nave, sob a coordenação do mestre João Couto e Silva. Em 1866, após  a pintura do teto, realizada pelo artista Germano Traub, o corpo da igreja foi inaugurado. Nos anos seguintes foi construída a escadaria da rua da Praia. No início do século XX Porto Alegre contava com arquitetos e engenheiros de origem germânica e o ecletismo, que estava em voga no período, foi o estilo adotado para o projeto da fachada, sob a responsabilidade do arquiteto Julio Weise. A construção seguiu até 1903, quando a igreja foi finalmente inaugurada.



              





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