A partir de agora, as praças e parques de Porto Alegre, superiores a 10 mil metros quadrados, deverão destinar 10% de seu espaço para cães que circularem sem guia, coleira ou focinheira.
A Lei Nº 11.220/12, de autoria do vereador Dr. Raul Torelly (PMDB), foi sancionada pelo prefeito José Fortunati, no último dia 15 de fevereiro. “Existem pessoas que se sentem incomodadas com a presença de cães em praças e parques. Portanto, é fundamental respeitar esse direito criando um espaço exclusivo para eles”, afirma o vereador.
De acordo com a norma, os espaços deverão ter cercamento de tela com altura mínima de 1,5m, bebedouros e lixeiras específicas para recolhimento de dejetos. Também será permitida a adoção desses locais por pessoas físicas ou jurídicas, exceto aquelas que se dedicam à exploração de cães de guarda.
Os carrapatos são, indiscutivelmente, inimigos mais que temidos. Transmitem doenças e podem até causar anemia ou paralisia no animal de estimação. Porém, existem alguns cuidados que podem ser observados para evitar que eles façam do cão o seu “lar”.
As espécies mais comuns de carrapatos medem entre 0,35cm e 1,5cm. Uma fêmea adulta pode colocar dois mil e quatro mil ovos, que sobrevivem até três anos no meio ambiente. Quando jovens, os parasitas têm seis patas; na idade adulta crescem mais duas.
Sob um cão, o carrapato percorre a pelagem até chegar a um dos seus lugares favoritos: a região das orelhas, entre os dedos do pé, próximo aos olhos, nuca e pescoço. Nada em especial, apenas porque a pele do animal é mais fina nessas regiões e o fluxo sanguíneo é maior.
Região das orelhas, entre os dedos do pé, próximo aos olhos, nuca e pescoço são os lugares preferidos dos parasitas
Riscos
Embora sejam conhecidos como vetores da doença, nem todos os carrapatos a transmitem. Na verdade, muitos nem sequer são portadores de doenças. No entanto, a ameaça está sempre presente onde os carrapatos estão e, por isso, os donos de animais devem ficar atentos a estes parasitas.
Quanto mais cedo um carrapato é encontrado e removido, menor o risco da doença. Alguns sintomas são febre e letargia, fraqueza, inchaço das articulações e/ou anemia. Os sinais podem levar dias, semanas ou meses para aparecer. Alguns carrapatos podem causar uma condição temporária chamada "paralisia do carrapato", que se manifesta por um início gradual de dificuldade para caminhar, que evolui para paralisia.
Prevenção
A presença de carrapatos no corpo de um cão não tem nada a ver com falta de higiene. Um simples passeio é suficiente para adquiri-los. Quando picam o cão, ele não sente, pois, antes de introduzir sua boca, o carrapato deposita uma pequena quantidade de saliva com propriedades anestésicas. Mas, ainda assim, a picada causará danos.
Uma fêmea adulta pode colocar dois mil e quatro mil ovos, que sobrevivem até três anos no meio ambiente
Uma das maneiras mais eficazes para manter os carrapatos longe de seu cão é aplicando diretamente um produto de prevenção. Existem hoje no mercado diversos tipos de produtos, que devem ser utilizados uma vez por mês ou a cada 15 dias, dependendo do local onde vive o animal e, também, a época do ano.
Não esqueça: o verão é a época de infestação desses parasitas externos.
“Cães bravios não podem, nem devem, servir de companhia aos humanos. Animais com comportamento violento precisam, sim, de cuidados redobrados para não colocar nenhuma vida em risco. Os donos têm que assumir a responsabilidade e responder pelos atos desses seres”. Foi o que defendeu o adestrador da Secretaria Especial dos Direitos Animais, Claudio Pinheiro Jr., durante o programa Conversas Cruzadas, da TVCOM, que debateu a morte de um menino de cinco anos depois de ataque de um cão bravio. O caso aconteceu no início da semana, no Litoral Norte gaúcho.
De acordo com Pinheiro, cães das raças Pitbull, Rotweiler, Fila, American Stafordshire e outros com potencial agressivo, devem ser mantidos em espaços arejados e gradeados, impedindo que qualquer pessoa ou outro animal fora do convívio social deles se aproxime.
É importante ressaltar que o cruzamento de animais bravios aumenta a agressividade dos filhotes. Por isso é muito importante saber, antes de adquirir um cão, quais as raças que ele carrega no DNA.
Fiscalização
O deputado federal Giovani Cherini é autor da Lei Estadual Nº 12.353/05, que dispõe sobre a posse de cães das raças American Pit Bull Terrier, Fila, Rottweiler, Dobermann, Bull Terrier, Dogo Argentino e demais raças ferozes. Segundo ele, apesar da publicação de decreto regulamentando a matéria, ainda são insuficientes as ações do poder público. “Os donos desses cães continuam sabendo que não serão punidos em caso de morte”, alerta Cherini.
A lei estebelece a obrigatoriedade do registro de cães considerados perigosos pela força e agressividade junto às entidades civis que atuam no controle de animais, bem como o cadastramento na Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O registro deve conter identificação do animal e do proprietário, além da existência de vacinação.
Também participaram do programa os deputados Paulo Odone e Miki Breier, e o presidente da Protecães, Flavio Porto.
A Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) e a concessionária Triunfo/Concepa irão reforçar a campanha contra o abandono de animais, no feriado de Carnaval. Os arrecadadores da Praça de Pedágio de Gravataí irão distribuir aos motoristas o material informativo, criado pela agência de publicidade Martins&Andrade. "Esperamos conscientizar a sociedade para que cuide melhor dos animais. Eles não são descartáveis", enfatiza a primeira-dama Regina Becker, voluntária da SEDA.
Campanha foi lançada em dezembro passado pelo prefeito José Fortunati e pela primeira-dama Regina Becker
Segundo relatório elaborado pela Triunfo/Concepa, cerca de 350 cachorros, gatos, vacas e búfalos ocasionaram acidentes na freeway, no trecho de acesso a Guaíba. A empresa mapeou os 100 quilômetros da rodovia e instalou cercas nos pontos críticos para impedir o ingresso de animais na via.
Levantamento realizado na Ilha Grande dos Marinheiros, com 292 famílias, indicou que aproximadamente dois terços delas possuem um cachorro. Cerca de 26% têm gatos e 19,2% informaram ser donos de um cavalo. Estudos realizados pela prefeitura indicam que Porto Alegre tem mais de 500 mil animais abandonados. O dado corresponderia a quase um para cada três habitantes da Capital.
A campanha
Carlos Augusto Ramos - Canoas
"Assisti ao Conversas Cruzadas, da TV COM, e o adestrador da SEDA, Claudio Pinheiro, e o deputado estadual Paulo Odone foram impecáveis nos manifestos contra a contratação cães de guarda. Parabéns aos dois".
Maria Cristina Abbott - Porto Alegre
"Não tenho como expressar meu contentamento com esta Secretaria, que tanto está se esforçando para resolver casos graves. Espero, sinceramente, que tenham muito êxito e que o trabalho possa ser ampliando com a colaboração da sociedade. Que mais e mais pessoas possam se engajar nesta luta e ajudar a SEDA.
Que Deus dê forças a vocês para seguirem nessa missão tão linda e envolvente. Grande abraço".
Leni Beatriz Lopes Stein - Porto Alegre
Passa bem a cadelinha Vivi, indicada pela SEDA para cirurgia ortopédica na Clínica Veterinária Dr. Abílio. A peludinha quebrou a pata direita dianteira ao ser atropelada, em Porto Alegre.
Dona Maria Elisabete Marinho, que socorreu o animal, disse que a recuperação está sendo acompanhada de perto pela Clínica Veterinária e a SEDA. "Só tenho a agradecer pela prestatividade e rapidez com que atenderam meu pedido. Estava desesperada com a situação da Vivi, pois foi resgatada da rua com a saúde muito debilitada", destaca.
A parceria entre a SEDA e a Clínica Veterinária Dr. Abílio prevê uma cirurgia mensal em animais resgatados por atropelamentos e vítimas de maus tratos. Há 35 anos na profissão, Abílio Gomes da Silva diz que, hoje, se encontra numa posição de poder fazer algo pelos animais em condições de vulnerabilidade. “Uma cirurgia ortopédica não custa menos de R$ 500 e, depois de muito trabalho como médico veterinário, eu posso ajudar voluntariamente”, conclui Abílio.
Como diz o ditado: “a primeira vez a gente nunca esquece”. E para a família Borges Tereza não foi diferente. Não apenas esqueceu como repetiu algo que marcou profundamente a vida de cada um dos seus integrantes. Na última quarta-feira (15), o vigilante porto-alegrense Fausto Damiani Borges Tereza e o filho Matheus, de 12 anos, adotaram um dos animais da Área de Medicina Veterinária da SEDA.Segundo o vigilante, o filhote de cão SRD, chamado de Fuinha pela equipe da SEDA, fará companhia ao outro mascote da família. “Meus seis filhos são muito apegadas
aos animais, e desde cedo, eu e minha esposa, Elisandra, os educamos com intuito de repassar valores sobre a responsabilidade que todos devem ter com os animais, que vão desde os cuidados básicos, alimentação, saúde, respeito e carinho”, destacou.Matheus é um dos seis filhos do vigilante Fausto Tereza que aprendeu desde pequeno a respeitar e amar oa animais
Na opinião de Fausto, é gratificante saber que pode contar com o apoio da SEDA para socorrer animais em condições de vulnerabilidade. “Se cada um fizer a sua parte, tanto a sociedade como o poder público, os direitos animais estarão garantidos. Serão menos animais abandonados colocando em risco suas vidas, bem como a vida da sociedade”, conclui.
O funcionário da Prefeitura de Porto Alegre, Alexandre Borges, e a mulher Simone Rosales viverão um novo momento de suas vidas neste feriado de Carnaval. Hoje (17), o casal levará para casa um dos mascotes da Área de Medicina Veterinária da SEDA e o devolverão somente na quarta-feira (22).
“Soube do projeto Padrinhos de Fim de Semana pela newsletter da SEDA e achei muito interessante. Nosso cão Labrador morreu há dois meses e a Simone queria um outro animal em casa. Foi ela, inclusive, quem escolheu a cadelinha para passar alguns dias conosco”, diz Alexandre.
Brisa chegou à SEDA, no último dia 27 de dezembro, e está em perfeitas condições de saúde castrada e microchipada para adoção.
Alexandre Borges e Simone Rosales ficarão com o mascote até a próxima quarta-feira (22)
Tramita na Câmara dos Deputados o projeto de Lei 2809/11 que regula, em nível nacional, os programas de interesse à saúde pública relacionados a cães e gatos, como prevenção, redução ou eliminação dos fatores de risco de zoonoses; definição de critérios relativos ao manejo de populações de cães e gatos, visando à proteção da saúde de humanos e animais; e fornecimento de subsídios para normatização da identificação, do registro e do trânsito de cães e gatos em todo o país.
De acordo com o autor da proposta, deputado Ricardo Izar (PSD/ SP), cabe ao poder público promover o estreito e intenso convívio entre pessoas, cães e gatos da forma mais salutar para todas as espécies. "Cada R$ 1 que se investe nos controles de zoonose ou populacional são R$ 27 que o governo deixa de investir em saúde. Portanto, é algo não só relativo à proteção e aos direitos dos animais, mas também à saúde humana e, hoje, vemos, sim, ações efetivas do poder público para o controle populacional, mas elas são desconexas", afirma Izar.
Projeto foi apresentado pelo coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais no Congresso Nacional, deputado federal Rizardo Izar
Para o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Benedito de Arruda, esses programas dependem da vontade política: "O projeto permite que se agreguem parcerias entre municípios, universidades, Organizações Não-Governamentais, entidades de classe, hospitais e clínicas veterinárias, principalmente no que diz respeito à imunização de animais no caso da raiva, leishmaniose, cinomose, hepatite, leptospirose e mais uma série de doenças que podem atingir cães e gatos".
Benedito alerta, no entanto, que, junto com as regras, devem vir também os recursos humanos, financeiros e infraestruturais que permitam o efetivo cumprimento desses programas. O projeto foi anexado à proposta de Código Federal de Bem-Estar Animal (PL 215/07), inicialmente distribuído para tramitação em quatro comissões temáticas da Câmara. Porém, há um requerimento, em análise na Mesa Diretora, para a criação de uma Comissão Especial sobre o tema.
Frente Parlamentar em Defesa dos Animais
No próximo dia 1º de março, a Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, do Congresso Nacional, será lançada no Rio Grande do Sul. O evento, que contará com a presença do deputado deputado Ricardo Izar, está marcado para às 18h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa.
A SEDA solicita aos seus colaboradores, parceiros, protetores e ONGs que se mobilizem e comparaçam ao lançamento.
O presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre Mauro Zacher e o secretário de Governança Cezar Busatto visitaram, no último dia 9 de fevereiro, o Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria. Há dois meses, os 73 animais exóticos que viviam no Minizoo Palmira Gobi, no Parque da Redenção, em Porto Alegre, foram transferidos para o Criadouro.
Zacher e Busatto com o prefeito de Santa Maria Cesar Schirmer e o direitor do Criadouro Santos Braz
Zacher e Busatto voltaram à Capital felizes com o que viram: “Percebemos nitidamente como os animais estão integrados àquele ambiente em meio à natureza e sem o estresse provocado pelas condições em que viviam no Minizoo”, diz Zacher, que esteve à frente da Prefeitura de Porto Alegre entre os dias 2 e 13 de fevereiro. 
A decisão de transferir os animais foi adotada pelo município depois de o Ibama verificar a situação inadequada de alojamento no Parque Farroupilha (Redenção), comprometendo a qualidade de vida das espécies, principalmente em razão da umidade, ausência de luz solar, ações de vândalos e ruídos causados pelo trânsito do entorno.
A paixão do assessor da Procuradoria-Geral do Município (PGM), o advogado Cauê Vieira, e da mulher, a jornalista Thais Freitas, por animais começou na infância, tendo sempre a família como elo de ligação. Quando decidiram se casar, priorizaram uma casa com pátio para que pudessem dar continuidade à história e mostrar à sociedade que a relação com esses seres vai além dos cuidados básicos e de uma boa companhia. Simplesmente, a cumplicidade que existe entre os humanos e os animais é inexplicável e incondicional.
Cauê e Thaís buscam auxílio para reforçar os exercícios físicos de Timóteo e Humberto
Timóteo, um Labrador chocolate, e Humberto, um Bernese Mountain Dog, têm dois anos e foram “planejados” pelo casal. “Pesquisamos raças que combinassem com nossos temperamentos e comportamentos. O Timóteo está conosco desde os 30 dias, pois o leite da mãe secou e o criador não tinha condições de alimentar devidamente todos os oito filhotes. Já o Humberto chegou à nossa casa com cinco meses de vida. Foi escolhido ‘a dedo’ para fazer companhia e ajudar na socialização de Timóteo, que perdeu uma fase de aprendizado comportamental muito importante dentro da ninhada”, diz o advogado.
Também está nos planos do casal adotar mais um peludo. Cauê destaca, no entanto, a importância da posse responsável: “Animal de estimação é sinônimo de responsabilidade e depende 100% do dono. Tomará água e comerá quando lhe for fornecido; andará no meio da sujeira se o local onde vive não estiver limpo; sentirá frio se não tiver um lugar aconchegante para dormir; ficará doente se não for levado ao veterinário; ficará entediado se não passear na rua; e irá bagunçar a sua casa se não for educado. E, mesmo assim, esse animal vai te amar incondicionalmente. Se a pessoa não estiver preparada para dedicar tempo a ele, pois então que desista da ideia”.
Nas palavras do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas, ou seja, não se deve buscar um animalzinho para companhia, fazê-lo se afeiçoar a ti e depois descarta-lo. Isso é uma crueldade sem fim", enfatiza.
Rotina
Todos dias, Cauê e Thaís saem para passear, pelo menos uma hora, com os animais. “Consideramos essa rotina tão importante que buscamos auxílio para reforçar os exercícios três vezes por semana. A convivência de Timóteo e Humberto com outros cães é fundamental à socialização”, afirma.
Os cuidados e o carinho do casal não se restringem ao lar. Cauê Vieira e Thaís Freitas dedicam tempo e sabedoria para cuidar de animais que vivem em condições de vulnerabilidade. “Doamos ração para algumas associações e Ongs, mobilizamos amigos para ajudar animais de rua, participamos de ações de conhecidos nesse sentido e procuramos ter um hábito singelo: andar com um saco de ração sempre dentro do porta-malas do carro para oferecer a um cãozinho faminto que cruzarmos pelas ruas”, conta Cauê.
Acolhimento aos animais abandonados
Para Thaís, o abandono de animais ultrapassa os limites da crueldade, principalmente depois dele já ter convivido com uma família. “Um animal é muito fiel ao seu dono, portanto, é incompreensível que o ser humano não retribua esse comportamento. Geralmente isso acontece com pessoas despreparadas para ter um animal em casa. Descartam um bichinho como se fosse um objeto que deu defeito, sendo que o defeito está nelas mesmas (as pessoas)”, enfatiza a jornalista, que sonha ter um espaço para acolher os abandonados, não apenas para colocá-los em condições de adoção, mas para transformá-los em cães terapeutas, acompanhantes de deficientes físicos e, até mesmo, cães guias.
Na opinião de Cauê, a SEDA lhe trouxe a satisfação de aliar duas paixões: a advocacia e os animais. “Ter a possibilidade de agregar a causa animal à profissão que eu sempre desejei desempenhar, voluntariamente, aliando meus conhecimentos e estudos a um tema que me toca de maneira tão intensa, é a realização de um sonho muito mais do que profissional; é a realização de um sonho pessoal. A SEDA tem um papel fundamental na quebra de preconceitos e paradigmas negativos que a causa carrega consigo. Felizmente, nosso trabalho conjunto, interdisciplinar, liderado pelo prefeito José Fortunati e pela primeira-dama Regina Becker, faz eu me sentir extremamente exitoso, haja visto o exemplo que estamos dando a outros municípios não só do Rio Grande do Sul, mas do Brasil”, conclui Cauê Vieira.
