AÇÃO I
Mutirão da SEDA nas comunidades atende mais de 1,8 mil animais

Uma das maiores preocupações da Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) é acompanhar in loco a realidade dos animais que vivem nas comunidades em condições de vulnerabilidade social. São nessas localidades que animais abandonados são acolhidos, muito bem cuidados e tratados com amor por pessoas humildes, que, muitas vezes dividem a própria comida com seus “filhos adotivos”. Também não é raro ver patrões entregarem cães de raça aos empregados, depois que os filhos crescem e cansam de “brincar” com os animais até então de estimação.

“Estou encostado no INSS por problemas de saúde, mas não poderia deixar esse cachorro do lado de fora do portão da minha casa. Uma senhora parou o carro aqui, abriu o vidro, largou ele e foi embora. Acho que está com sarna, porque se coça muito, por isso, trouxe aqui no ônibus para dar vacina”, disse o aposentado Gilmar Martins, que mora na Restinga Velha e levou seu cão para vermifugação e agendamento de castração no Bicho Amigo, no último dia 2 de junho.

Ao contrário de Seu Gilmar, paira ainda nessas comunidades o preconceito contra a esterilização. Por mais que os veterinários conversem com os proprietários sobre a importância desse procedimento à saúde do animal, é difícil compreender os motivos. Eles não aceitam a esterilização, e, as ninhadas, se resolve depois o quê fazer.

Por esses e tantos outros motivos, a SEDA persiste em viver a realidade dessas famílias e seus animais, e os postos de Saúde da Família e escolas têm sido parceiros nesse projeto.

Na ação promovida no final de semana passado, na Restinga Velha, em conjunto com a Escola Estadual José do Patrocínio, mais de 150 animais foram vermifugados, e, a maioria, cadastrado para esterilização. Nos dias 18, 19, 25 e 26, o Bicho Amigo retornará à comunidade para buscar cães e gatos para o procedimento cirúrgico, devolvendo-os aos donos dois dias depois, quando estiverem recuperados.

De janeiro até agora, mais de 1,8 mil animais em condições de vulnerabilidade foram atendidos pela Área de Medicina Veterinária. É apenas o começo, ainda há muitos desafios a serem enfrentados, porém, o primeiro passo foi dado. Críticas e comentários maldosos existem e são parte da democracia. A SEDA ouve, compreende, mas não se deixa abater, pois tem plena consciência de que está trabalhando pelo todo.

 

Veja as comunidades atendidas pelo Bicho Amigo:

  • Associação de Moradores Cristiano Kraemer
  • Associação de Moradores Jardim Sabará
  • Carris
  • Chapéu do Sol
  • Mário Quintana
  • EMEF Chico Mendes
  • EMEF Saint Hilaire
  • Jardim Ipú
  • Loteamento Bela Vista/Arco Irís/ Nova Esperança
  • Loteamento Jardim Navegantes
  • Loteamento Nossa Senhora da Paz
  • Loteamento Pampa
  • Loteamento Pisa
  • Loteamento Progresso
  • Loteamento Tecnologica
  • Posto de Saúde da Família (PSF) Alto Erechim
  • PSF Campos do Cristal
  • PSF Cidade de Deus
  • PSF Castelo
  • PSF Esmeralda
  • PSF Graciliano Ramos
  • PSF Mato Grosso
  • PSF Panorama
  • PSF Passo das Pedras II
  • PSF Protásio Alves
  • PSF Rincão
  • PSF Timbaúva
  • PSF Viçosa
  • Vila A.J. Renner
  • Vila Planetário
  • Vila Pinto
  • Vila Postão
AÇÃO II
Timbaúva e Chapéu do Sol são atendidos pelo Bicho Amigo


Os moradores cadastrados nos postos de Saúde da Família (PSF) Timbaúva, no bairro Mário Quintana, e Chapéu do Sol, na zona sul da Capital, receberam a Unidade Móvel II do projeto Bicho Amigo, nos dias 4 e 5 de junho, para o encaminhamento de 30 cães e gatos aos procedimentos de controle reprodutivo.

Para realizar a esterilização, os responsáveis pelos animais devem assinar um Termo de Autorização para cirurgia e se comprometerem com os cuidados pós-operatórios.
 

Recomendações
Pré-operatório

  • Banhar o animal antes do procedimento cirúrgico;
  • Mantê-lo em jejum nas 8 horas que antecederem a cirurgia;
  • Qualquer patologia que o animal possua deve ser informada no dia do ingresso na Unidade Móvel do Bicho Amigo;
  • Os animais podem ser esterilizados a partir dos 5 meses de vida.
Pós-operatório

  • Os animais mais agitados podem querem morder os pontos, portanto, evite que ele alcance seu objetivo protegendo o local operado com atadura;
  • Lavar a incisão com solução fisiológica (manter nna geladeira depois de aberto) e, após, passar produto anti-séptico.
AGORA É LEI
Sancionado o Fundo Municipal dos Direitos Animais em Porto Alegre

O prefeito José Fortunati sancionou, em 4 de junho, a Lei Nº 969/2012 que institui o Fundo Municipal dos Direitos Animais (FMDA) e seu Conselho Gestor. Vinculados à Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA), os recursos do FMDA serão aplicados no custeio e financiamento em ações de controle, fiscalização e defesa do bem-estar animal; financiamento de planos, programas, projetos e ações governamentais ou não-governamentais; atendimento às diretrizes e metas contempladas no conjunto de leis municipais quanto ao trato dos animais; e aquisição de equipamentos ou implementos necessários ao desenvolvimento de programas e ações de assistência e proteção dos animais.

Também será admitida a aquisição de imóveis para implantação de projetos, especificamente voltados aos fins a que se destina a política pública. As receitas do Fundo deverão ser oriundas de doações, auxílios, contribuições, subvenções e transferências, bem como de aplicação de multas e penalidades, convênios e dotação orçamentária do Município, entre outras fontes de recursos.

Conselho
O Fundo Municipal dos Direitos Animais será gerido por um Conselho Gestor, nomeado por Decreto do Executivo, para mandato de quatro anos. O Conselho Gestor deverá ser composto por um integrante do Gabinete do Prefeito (GP); um técnico da área contábil-financeira da Secretaria Municipal da Fazenda (SMF); um procurador da Procuradoria-Geral do Município (PGM); um representante da Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA); e um representante de, pelo menos, uma entidade da sociedade civil com atuação reconhecida na proteção de animais.

ATIVIDADE
SEDA participa da XVIII Semana do Meio Ambiente de Alvorada

Para celebrar a semana do Meio Ambiente, o município de Alvorada elaborou uma ampla agenda de atividades que contou com a presença da Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA).

A primeira-dama Regina Becker e a coordenadora da Área de Medicina Veterinária, Márcia Gemerasca, falaram sobre os desafios da SEDA, e, também, dos resultados positivos conquistados a partir da persistência e dedicação da equipe. 

Sala Verde
Em Alvorada, a causa animal tem conquistado vitórias com o projeto Sala Verde, voltado a alunos dos ensinos fundamental e médio e entidades da sociedade civil e organizada.

De acordo com a bióloga Nicolle Albornoz Pessoa, além do treinamento de professores, são realizadas palestras, produzidas uma série de materiais informativos e trabalhos práticos com alunos e agendadas visitas periódicas às escolas, bem como orientadas às áreas de educação ambiental.

BALANÇO
Atendimentos e procedimentos cirúrgicos da SEDA na semana


Somente na primeira semana de junho foram realizadas 82 esterilizações, 23 atendimentos clínicos e sete cirurgias  (amputação de pênis, uretrostectomia, ressíntese, hérnia umbilical e tumor de mama).

  

BEM-ESTAR E SEGURANÇA
Saiba qual a coleira e guia que mais se adaptam ao seu animal

Um dos maiores equívocos dos donos de animais, que, com medo que eles possam fugir ou atacar alguém, é usar coleiras e guias muito apertadas. Na falta delas, é comum prender cães e gatos em cordas e correntes. Nada disso previne riscos, pelo contrário, o desconforto do animal pode provocar uma série de reações agressivas e problemas de saúde.

De acordo com a coordenadora da Área de Medicina Veterinária da SEDA, Márcia Gemerasca, não são raras as vezes que proprietários colocam coleiras nos filhotes e não as trocam durante o crescimento do animal. “Já atendemos muitos animais com lesões causadas por coleiras extremamente apertadas, e, também, por enforcadores de garra”, diz, ao destacar que, para filhotes, é indicada uma coleira que possa “crescer” junto com eles, sem que a parte excedente fique pendurada, e, portanto passível de ser mastigada. Os fechos plásticos do tipo “trava de engate”, podem ser usados, mas devem ser checados periodicamente para ver se não estão se deformando e perdendo a pressão.

E aparência não é tudo. Na hora de comprar coleiras e guias é imprescindível verificar a qualidade do material e da fivela, que devem ser resistentes para não arrebentarem. A forma de regular o tamanho também merece atenção especial, para que não fique nem apertada nem muito larga.

Coleiras para ficar em casa
Em princípio pode parecer desnecessário, mas a verdade é que manter o animal com coleira dentro de casa pode resolver muitos problemas. Por exemplo, manter a coleira no pescoço 24 horas com uma medalha de identificação evita que cães e gatos "fujões" desapareçam para sempre; para que eles não pulem nas visitas; ou para separá-los mais facilmente de uma brincadeira com outro animal. 

O ideal para o dia-a-dia é uma coleira de nylon ajustável, que tem a vantagem de ser mais macia, leve e flexível (não machuca o pescoço do cão) e secar mais rápido do que as de algodão ou couro. Já a coleira Gentle Leader é a opção mais eficiente para quem quer ter um cachorro educado, mas não quer correr o risco de machucá-lo. Ela foi cientificamente desenhada para trabalhar com os instintos naturais do animal e ajudar o dono a tornar-se o “líder da matilha”. Mas cuidado, existem algumas cópias falsificadas deste modelo no mercado, de qualidade bastante inferior e sem o manual de 80 páginas que orienta no ajuste e em outros detalhes da coleira.

O modelo é indicado para cães

  • muito fortes que arrastam os donos na rua;
  • agitados ou hiper-ativos;
  • dominantes;
  • agressivos ou com tendência a agressividade;
  • excessivamente tímidos ou medrosos.

Existem outras coleiras que exigem orientação de um profissional para usá-las de forma correta e não machucar o animal. Mais conhecidas como “enforcadores”, elas podem se tornar perigosas quando mantidas no pescoço do animal se o dono não estiver por perto, pois, se a parte que prende na guia ficar presa em algum objeto, o cachorro pode, tentando se livrar da coleira, se machucar ou até morrer enforcado.

O meio-enforcador de nylon ajustável é indicado para quem está aprendendo a treinar um animal, ou seja, pessoas que não conseguem dominar totalmente a técnica de correção com o enforcador de corrente ou para aqueles cães que já estão bem educados e precisam de uma correção bastante leve.

A grande diferença entre o meio-enforcador e os outros tipos de enforcadores é que nele há um limite de pressão que pode ser exercida no pescoço do cão. A parte que fica em contato com a garganta do cachorro é normalmente de um material macio, flexível e de largura compatível com o tamanho do peludo, sendo o nylon o mais recomendado.

Esse modelo é indicado para cães de pêlo longo ou para filhotes que ainda não devem receber uma pressão muito forte no seu pescoço. Cães com a pele muito sensível também se beneficiam bastante desta variação.

Recomenda-se, ainda, não colocar guizos nas coleiras, pois seu ruído intermitente aos ouvidos sensíveis dos animais podem ser o causador de comportamento alterado, como estresse e nervosismo.
 

Guias

 

A melhor guia é aquela que deixa o dono mais confortável para passear com seu peludo, porém, existem algumas dicas que podem ajudar na hora da escolha

Os materiais mais utilizados para guias são o nylon, o couro e o algodão. Embora as de nylon ofereçam uma quantidade quase infinita de cores tentadoras, as de algodão e couro são mais apropriadas para coleiras de treinamento. Para quem precisar usar a guia diariamente e por várias horas, o algodão e o couro são mais “gentis” nas mãos.

Enquanto não existe um padrão para guias de passeio, as de treinamento devem ter no mínimo 1,80m de comprimento para que o adestrador tenha folga para executar os exercícios.

BEM-ESTAR I
Bento Gonçalves busca exemplo de Direitos Animais na SEDA

Bento Gonçalves, na Serra gaúcha, foi mais um município que veio a Porto Alegre conhecer as ações realizadas pela Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA).

De acordo com a vereadora Neilene Lunelli Cristofoli (PT), a intenção é implantar naquela cidade uma secretaria nos mesmos moldes e aperfeiçoar o trabalho em prol dos animais. “Atualmente, Bento Gonçalves realiza em torno de 80 esterilizações por mês, somente em fêmeas. Mas é preciso aperfeiçoar o trabalho e ampliar os serviços para promover o bem-estar animal”, destacou.

Além de Neilene, conheceram a Área de Medicina Veterinária (AMV) a procuradora do município Simone Azevedo Dias e os representantes da Ong Associação Protetora de Animais de Bento Gonçalves (APABG), Eduardo Pigot e Priscila Petri. “A estrutura da AMV é muito bem organizada. Espero que muitos outros municípios tenham o privilégio de conhecer esse espaço e garantir os Direitos Animais aos que mais necessitam”, disse Neilene.

BEM-ESTAR II
ONG Animal É Tri busca apoio da administração da UFRGS para manutenção dos felinos na instituição


A primeira-dama Regina Becker e as meninas do projeto Animal É Tri/ Mural dos Bichos, Tathiana Jaeger, Leandra Pinto e Cláudia Cantagalo reuniram-se com o superintendente de Infraestrutura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alberto Tamagna, para tratar dos cuidados aos felinos que vivem na instituição.

Tamagna comunicou que irá fazer um amplo projeto de divulgação, junto aos funcionários e prestadores de serviços da UFRGS, como forma de unir esforços para garantir alimentação, saúde e segurança dos animais.

CIDADANIA
José Fortunati e Regina participam de passeata contra crueldade no Peru


O prefeito José Fortunati e a primeira-dama Regina Becker participaram, em 27 de maio, de uma passeata contra a crueldade a animais na cidade de Lima, no Peru. A manifestação reuniu cerca de mil pessoas no Parque Kennedy, bairro de Miraflores, e se estendeu até a orla marítima, no centro comercial Larcomar. Durante o percurso, os manifestantes exibiram imagens de animais sacrificados para experiências em laboratório e para alimentação humana.

Esta é a segunda mobilização que ONGs e protetores independentes peruano realizam este ano. Em janeiro, o grupo realizou uma vigília pelos gatos que habitam no parque. 
 
 


 As fotos foram tiradas pelo prefeito José Fortunati e pela primeira-dama Regina Becker

  

 

Felinos comunitários
O Parque Kennedy tem como referência a união de esforços de seus frenquentadores nos cuidados e manutenção de aproximadamente 50 felinos que vivem no local. Para incentivar a prática e conscientizar a população dos cuidados que os animais têm e merecem, os “cuidadores” distribuem suvenires, como esse chaveiro/ abridor de garrafas na foto ao lado, aos transeuntes. “Nosso objetivo é educar e sensibilizar a população sobre a realidade dos gatos do Parque Kennedy Miraflores, bem como zelar pelo bem-estar desta colônia felina através da esterilização, atenção sanitária, alimentação e adoção de gatos socializados”, dizem os protetores e proprietários do blog gatosparquemiraflores.blogspot.com.br.

Os “cuidadores” também usam a página na Internet para convidar pessoas “de bom coração, sérias e responsáveis” a aderir ao movimento e ajudar no dia-a-dia dos bichanos, principalmente com alimentação. Estima-se que um protetor precise de 9kg de ração/ refeição para alimentar todos os animais do parque, enquanto que os que vivem nas áreas de passeio necessitam de 3kg/ refeição.

Mas voluntariado não é para qualquer um. Os interessados devem preencher os seguintes requisitos:

  • Os dias assumidos para alimentar os felinos são durante o ano (não esporadicamente);
  • O voluntário deve ser, acima de tudo, sério e responsável;
  • As despesas com alimentação são por conta do voluntário, que, integrado ao grupo, tem a vantagem de comprar alimentos balanceados e de baixo custo em clínicas veterinárias que apoiam esta causa em particular.
DO LEITOR
A SEDA agradece as manifestações de apoio


“Em andanças pela Restinga, encontrei um cão dormindo sobre uma charrete! Digna de mídia”.
Colaboração da Berenice, do projeto “Amigas Cachorreiras”

 “Apesar de muitas pessoas criticarem a criação da SEDA, eu fiquei muito contente, em especial, pela Campanha do Agasalho estendida aos nossos amigos de quatro patas. Algo que se observa nas pessoas que criticam, reclamam ou algo parecido é que são incapazes de fazer algo por qualquer coisa que seja. Elas querem paz, mas fazem guerra. Elas querem honestidade, mas são corruptas. São pessoas que não ajudam nem seus semelhantes, muito menos os animais, e, quando alguém faz alguma coisa boa sempre vem aquela enxurrada de reclamações. É difícil lidar com tudo isso, mas perseverem! Isso é um grande feito! Parabéns pelos esforços! Se cada um fizer a sua parte, o mundo que vivemos será um paraíso. Mas o homem... Tenho cinco cães adotados e fico muito feliz em poder mudar a história de sofrimento de todos eles. Ver a alegria de cada um me dá um prazer imenso. Ajudo pessoas também, mas esses seres são puros e amam sem comparação!”
Helena Vicari – Porto Alegre

“Quem fez tanto em tão pouco tempo em relação aos animais de Porto Alegre? A SEDA! Parabéns à Prefeitura de Porto Alegre, fazendo votos de que continue trabalhando em prol dos animais. Vinte e seis gatos foram recolhidos pelo Vinicius e Josiane e 48 cães pela ONDA, parceiros que foram importantes nesse marco da proteção animal de Porto Alegre”.
Ana Lúcia Roggia – Porto Alegre

“O trabalho desenvolvido pela SEDA tem sido valioso na proteção animal. É inovador e traz a esperança de que outras cidades também ajam desta forma”.
Nádia Oliveira – Porto Alegre

ESCLARECIMENTO
SEDA esclarece inverdades que circulam na rede de proteção

Há poucos dias, a Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) recebeu um e-mail da protetora Cíntia Melo, pedindo ajuda da Área de Medicina Veterinária (AMV) para socorrer um cão de rua, da raça Rotweiller, que foi atacado por outros animais. No momento do resgate, Cíntia se responsabilizou pelo Rotweiller. A SEDA tratou o cão, e, quando quis devolvê-lo depois de curado, castrado e microhipado, a protetora disse não ter condições de acolhê-lo.

A partir de então, muitos boatos circularam na rede de proteção, de que a SEDA largaria o animal na rua, e esta informação é inverídica.

Não é política da Secretaria Especial dos Direitos Animais recolher animais de rua, por acreditar que esta prática incentiva o abandono, bem como impensável abandoná-los depois de tratados na AMV. Os DIREITOS ANIMAIS não cabem somente ao poder público, mas, sim, a todas as pessoas de bem que buscam apoio desta Secretaria.

Desta forma, é importante ressaltar, que, após um chamado pelo “Fala Porto Alegre – 156”, o demandante assina um Termo de Responsabilidade, em que fica muito claro que ele deverá cuidar do animal após o tratamento.

Enfim, se a SEDA tivesse como proposta a albergagem, já teria em seu espaço mais de cinco mil animais confinados, sem contar com outros tantos que seriam abandonados por pessoas que pensam que ração, um canto para dormir e um abrigo da chuva e da noite são conforto mais que suficientes para levar a vida adiante, sem carinho, sem parceria, sem atenção. O animal precisa, acima de tudo, de uma família.

Reconhecimento é um ato individual e contamos com a compreensão de todos os envolvidos na causa. 

GUARDA RESPONSÁVEL
Mascote Dudu está preparado para o inverno. E o seu peludo?

Um animal de estimação pode transformar a vida de muitas pessoas, e foi o que aconteceu com a Família Bragé quando adotou Dudu, mascote da Área da Área de Medicina Veterinária. O pequeno SRD tem apenas três meses, é simpático e, ao mesmo tempo, muito agitado. “O Dudu é maravilhoso e só nos trouxe alegria. Passa a maior parte do tempo com minhas filhas Tábata e Luana e adora chamar atenção”, diz Jucimar Bragé.

O mascote retornou à "velha casa", há poucos dias, para uma revisão clínica, muito bem vestido, aquecido e cheiroso. Incorporados ao espírito solidário, os Bragé acreditam que a Campanha do Agasalho será fundamental à saúde e bem-estar dos animais: “O Rio Grande do Sul tem períodos de muito frio, e a solidariedade não custa nada; basta querer”.


 
 
 

Campanha do Agasalho vai até 31 de agosto

Além dos itens de vestuário, que serão doados às entidades cadastradas no Gabinete da Primeira-Dama, haverá arrecadação de roupinhas, cobertores e utensílios para protetores independentes e ONGs que cuidam de cães e gatos em condições de vulnerabilidade.

Mais informações pelos telefones (51) 3289-3610 e/ou (51) 3289-3730.

MEIO AMBIENTE
Cidade no interior de São Paulo transforma monitor de computador em cama para gatos

Funcionários envolvidos no Programa Municipal Bem-Estar Animal do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Americana, a 125 km de São Paulo, encontraram uma maneira sustentável de proporcionar conforto aos 80 gatos que vivem no local. A ideia de transformar monitores de computadores fora de uso em camas para os bichanos deu certo e foi reconhecida internacionalmente pela Sociedade Americana para Prevenção da Crueldade contra Animais (Aspca).

Além do bem-estar dos felinos, o projeto foi motivado pela questão ambiental. Para o coordenador do setor, Fernando Vicente Ferreira, a iniciativa reforça os cuidados com o meio ambiente, favorecendo a sociedade e os animais. “A reciclagem dos monitores diminui a quantidade de lixo eletrônico que ocupa muito espaço e pode ser perigoso se não tiver o destino correto. O interessante é que o processo de confecção é muito simples e pode ser feito por qualquer pessoa”, diz.

Após retirar toda a parte interna eletrônica do aparelho, a caixa tubular passa por uma reforma que leva apenas duas horas. Depois de receber cores e desenhos, são transformadas em camas para gatos. “Os tubos passaram por adequações e foram forrados com almofadas para garantir conforto e comodidade aos felinos. Quarenta monitores já foram reciclados pela equipe do CCZ”, informa Ferreira.

Segundo a veterinária Aneli Marques Neves, que idealizou o projeto, o prêmio, apesar de simbólico, é o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo programa. “Nossas ações têm sido voltadas para a busca da melhora do bem-estar dos animais que habitam no CCZ, mesmo que seja por meio de soluções alternativas e criativas que não demandem a aplicação de grandes recursos. São mudanças pequenas, mas capazes de melhorar a qualidade de vida deles”, conclui.

Aliás, esse modelo de cama está sendo confortavelmente utilizado pelos felinos abrigados na Sede Estadual do PPS, em Porto Alegre.

* Fonte: site Uol
RIO+20
Proteção animal será tema de debate na Rio+20

A primeira-dama Regina Becker foi convidada para participar do Fórum Paralelo de Proteção Animal, que acontece no próximo dia 15 de junho, no Rio de Janeiro. Proposto pelo coordenador de Fauna da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional, deputado federal Ricardo Trípoli (foto), o evento acontece na sede da WSPA Brasil e integra a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

De acordo com Trípoli, a intenção é contextualizar e detalhar assuntos polêmicos como os novos códigos Florestal e Penal, a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, a transposição do Rio São Francisco e a aplicação do conceito de bem-estar animal. “A conferência, embora dedicada ao debate da preservação do meio ambiente, não se debruça sobre a defesa dos animais. Queremos inserir o tema na Rio+20 e alertar sobre as propostas que estão dizimando nosso habitat e comprometendo a biodiversidade do planeta”, adianta o parlamentar.

Também foram convidados para o Fórum Paralelo a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, o secretário do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro Carlos Minc e o ex-deputado federal Fernando Gabeira.

Regina participará, ainda, no dia 16, do Encontro Mundial de Juristas sobre Direito Ambiental, com base no fortalecimento de sua implementação no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. O encontro, que reunirá 86 juristas ambientais de todos os continentes, acontece entre os dias 15 e 17 de junho, no Espaço Tom Jobim, bairro Jardim Botânico.

A Rio+20 marca os 20 anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.
SAÚDE
Terapia com animais ganha espaço na Capital entre os idosos e pacientes psiquiátricos

Os animais de estimação podem ajudar no tratamento de problemas físicos e emocionais. Freud, por exemplo, já utilizava seu cão nas consultas, pois acreditava que a presença dele contribuía, em muito, para a tranquilidade do paciente, que conseguia expor melhor seus problemas e se comunicar mais.
 

“Meu projeto: criar um Centro de Estudos no Rio Grande do Sul sobre o tema. Meu sonho: que a Terapia Assistida por Animais seja reconhecida pelo Ministério da Educação”

Karina Schutz - psicóloga


Em Porto Alegre, a psicóloga Karina Schutz começou esse trabalho ainda na faculdade. Depois de formada, passou um tempo na Europa fazendo especialização, e, quando retornou à Capital, começou a Terapia Assistida por Animais (TAA) em escolas e casas geriátricas. Hoje, ela também dedica seu tempo aos pacientes de um Hospital Psiquiátrico. “Os animais entram em cena para poder ‘tocar’ alguns pontos, que, muitas vezes, uma terapia convencional levaria mais tempo. Eles não julgam os defeitos humanos; simplesmente os aceitam e se envolvem incondicionalmente num ciclo de trocas afetivas. Ou seja, a partir desse vínculo, os bichinhos trazem à tona emoções e lembranças possíveis de tratar que atingem muitos focos de doenças como, por exemplo, a depressão”, diz Karina.

Segundo a psicóloga, a TAA pode ser realizada em diferentes tempos. No Hospital Psiquiátrico, as visitas acontecem duas vezes por semana em cada unidade de internação. Já na terapia em clínicas geriátricas, recomenda-se uma vez a cada sete dias para estimular a memória e vínculo com o animal, mas ressalta: “Mais do que trabalhar o vínculo afetivo do paciente com o animal, é importante ter experiência para saber lidar com a separação dos vovôs quando trocam seus lares pelas casas geriátricas. Eles sofrem demais”.

Algumas pesquisas têm comprovado que a liberação de hormônios, como oxitocina, melhoram casos depressão. Alguns pacientes reduziram a medicação devido ao aumento da imunidade e diminuição da pressão arterial ao acariciar e interagir com o animal. “O ser humano desconfia do próprio ser humano, mas jamais do animal, que tem apenas uma personalidade. Assim, o afeto aumenta enquanto que a agressividade, principalmente dos pacientes psiquiátricos, diminui gradativamente”, revela Karina Schutz.
 

Eficácia da terapia com animais

 

Estabelece momentos alegres e descontraídos;
Diminui o nível de estresse;
Estimula o desenvolvimento afetivo;
Desenvolve noções de cuidados;
Melhora a capacidade motora;
Estimula a empatia;
Ensina e estimula a divisão de tarefas e o trabalho em grupo;
Se reconhece os limites e se aprende o respeito ao próximo;
Melhora a autoconfiança e auto-estima;
Tem efeito calmante e antidepressivo.

Não existe solidão quando um animal está sob os cuidados de uma pessoa, que deve cuidar da higiene e incentivar o bichinho às atividades físicas. “Se antes a pessoa não saia de casa por nada, agora, como responsável por um animal, tem que sair pelo menos uma vez ao dia para levá-lo para um passeio e um xixi. Dessa atividade surgem novas amizades e, conseqüentemente, uma nova vida”, conta Karina, que, inclusive, criou no Facebook um grupo para pessoas que frequentam o Parque Germânia e combinam encontros, conversas e trocam experiências. 

Os desafios da TAA
Nos cursos universitários com foco em saúde, a Terapia Assistida por Animais ainda não tem uma cadeira específica. Mas, os convites para palestras têm aumentado e tudo, agora, é questão de tempo. “A TAA não é simplesmente pegar um animal mansinho e levar para dentro de um consultório ou de instituição. O animal deve ser selecionado ainda na ninhada e treinado e estimulado à interação com humanos”, ressalta a psicóloga.

Karina reconhece que ainda existe muita desconfiança e falta de conhecimento sobre o TAA em algumas instituições de saúde. Ao trabalhar em um grupo de idosos, por exemplo, o profissional só deve aprofundar um assunto como "lembranças do passado", depois de estabelecido um vínculo com o grupo. “Em alguns locais, esse tipo de atividade acabou trazendo malefícios, como despertar a saudade em alguns vovôs nos tempos em que eles eram ditos ‘saudáveis’, e, agora, não são mais. O profissional foi embora e deixou esse assunto aberto, o que gerou um certo desconforto com o grupo”, alerta.

Apesar dos desafios, a psicóloga Karina Schutz trabalha com fé e esperança. Com o apoio da rede de proteção e a divulgação da TAA pela mídia, muitas portas estão se abrindo. “Meu projeto: criar um Centro de Estudos no Rio Grande do Sul sobre o tema. Meu sonho: que a Terapia Assistida por Animais seja reconhecida pelo Ministério da Educação”, conclui.

Quem quiser saber mais sobre o trabalho de Karina Schutz, acesse o Facebook ou ligue para (51) 8204.5238.

SOLIDARIEDADE
Protetores entram no clima junino para ajudar animais

No próximo dia 9 de junho, um grupo de protetores independentes da Capital será anfitrião do “Brechó Arraial da Solidariedade”. Toda a renda do evento, que acontece das 17h às 20h, na Associação de Moradores do Parque Santa Fé (rua Dr. Álvaro Barcelos Ferreira), será destinada à protetora Shana, que cuida de aproximadamente 300 animais entre cães, gatos e cavalos, em um sítio localizado na Lomba do Pinheiro.
 
Além de roupas, calçados, bolsas, bijuterias, utensílios para animais e ração, o brechó terá um cardápio típico de arraial, e, também, sorteios. Participe você também.

 

A SEDA apoia esta ideia!