ATO SOLENE Porto Alegre amanheceu mais bonita na segunda-feira
O Hospital Veterinário Municipal Vitória será construído pela iniciativa privada em terreno do município de 1,1 mil metros, na rua Comendador Tibiriçá, bairro Jardim Botânico. Somente a área hospitalar terá 600 mil para atender casos de média e alta complexidades e será doado à Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) totalmente equipado.
Graças a mais uma parceria entre a Prefeitura e a iniciativa privada, a partir de 2013, Porto Alegre terá o primeiro hospital público para animais de estimação do Brasil. Na segunda-feira (3), o prefeito José Fortunati e o representante da empresa Nova Vicenza Negócios e Participações, Rodrigo Souza, assinaram o Termo de Compromisso para construção do Hospital Veterinário Municipal Vitória (HVMV). As obras estão previstas para iniciar em novembro, com duração de 10 meses.
O Vitória será construído pela iniciativa privada em terreno do município de 1,1 mil metros, na rua Comendador Tibiriçá, bairro Jardim Botânico. Somente a área hospitalar terá 600 mil para atender casos de média e alta complexidades e será doado à Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) totalmente equipado.
Em seu discurso, o prefeito fez um resgate histórico da SEDA para enfatizar os desafios enfrentados até a conquista do Hospital Veterinário Municipal Vitória: “Quando encaminhamos o projeto de criação da SEDA à Câmara de Vereadores sofremos muitas críticas e resistências até ser aprovado pela maioria em plenário. Passado um ano, a equipe é pequena, mas a determinação e sua organização têm trazido resultados surpreendentes. O maior entendimento do trabalho realizado por esta Secretaria se dá nas vilas da Capital”.
Desde a sua implantação, a Unidade Móvel do Bicho Amigo atendeu mais de 3,2 mil animais das seguintes comunidades: Albion, Alto Erechim, Belém Novo, Bom Jesus, Cavalhada, Cefer, Chapéu do Sol, Cruzeiro, Esmeralda, Glória, Hípica, Jardim Leopoldina, Jardim Sabará, Lageado, Lami, Lomba do Pinheiro, Mário Quintana, Passo das Pedras, Passo das Pedras II, Protásio Alves, Renascença, Restinga, Rincão, Rubem Berta, Santa Fé, Santa Tereza, Viçosa, Vila Dique, Vila Pinto, Vila Planetário e Vila Renascença.
Infraestrutura
A elaboração do projeto contou com o apoio do Sindicato dos Médicos Veterinários. “O SIMVET sente-se honrado por este momento histórico no Estado e no país”, disse Angélica Zollin, presidente da entidade. Já a primeira-dama Regina Becker afirmou que a prioridade de atendimento seguirá os padrões da Área de Medicina Veterinária: animais vítimas de acidentes e de maus tratos, bem como de famílias em condições de vulnerabilidade com renda até três salários mínimos.
Foto: Arquiteto Rodrigo Souza, primeira-dama Regina Becker, Angélica Zollin (presidente do SIMVETRS) e secretário Urbano Schmitt
O HVMV terá quatro blocos cirúrgicos, duas salas de preparação, Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), uma sala de recuperação compartimentada para evitar estresse de animais em atendimento pós-cirúrgico, estruturas de triagem, quarentena e 120 baias para cães e gatos que permanecerem hospitalizados.
A Área de Medicina Veterinária da SEDA conta com uma equipe de seis veterinários que atendem, em média, 60 casos diários de média complexidade, como esterilização, cirurgias de risco (tumores e amputações), tratamento quimioterápico e atendimento a animais vítimas de acidentes e atropelamentos. Casos mais graves, como cirurgias ortopédicas, RX e exames laboratoriais são atendidos pelas clínicas parceiras da prefeitura Do Forte, Dr. Abílio e Mundo Animal e o Laboratório Pathos.
O novo hospital necessitará, num primeiro momento, de 20 profissionais para atender uma previsão de 100 animais por dia. A prefeitura prevê a realização de concurso público para veterinário no início do próximo ano. “O Poder Público tem suas limitações para atender todas as demandas da população, por isso, nossos parceiros são mais que bem-vindos; são fundamentais na transformação de filosofia com relação aos animais e preocupação com o bem-estar deles, com o aconchego e afeto”, concluiu o prefeito. BALANÇO Atendimentos, cirurgias e fiscalizações da SEDA na semana A Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) realizou, entre os dias 31 de agosto e 5 de setembro, 127 esterilizações, 267 vermifugações e vacinações em comunidades da Capital, 35 atendimentos clínicos e 15 cirurgias, sendo uma amputação, quatro para retirada de hérnia e três, de tumor. A equipe de Fiscalização atendeu a 107 demandas do “Fala Porto Alegre – 156”. As solicitações também podem ser encaminhadas pelo site www.falaportoalegre.com.br/solicitacao.
Veja os números
BICHO AMIGO Ações da SEDA nas comunidades detectam problemas de cada região Durante a semana, 152 animais de comunidades carentes receberam atendimento da Unidade Móvel do Bicho Amigo. Além da avaliação veterinária, cães e gatos receberam vacina e vermífugo. Uma das vantagens destas ações é a identificação de problemas e necessidades de cada região e, consequentemente, a realização atendimentos específicos para garantir a qualidade de vida de animais e humanos. “Além da aproximação e interação com as comunidades, nossas ações permitem averiguar as principais deficiências de cada região e orientar as famílias sobre guarda responsável e Direitos Animais”, diz a coordenadora da Área de Medicina Veterinária, Márcia Gemerasca.
No bairro Cruzeiro, por exemplo, foi detectado grande infestação de carrapatos. Para coibir a presença do ectoparasita, a equipe da SEDA aplicou Ivermetcina nos animais e orientou as famílias sobre os cuidados com higiene e limpeza dos pátios. Os carrapatos transmitem doenças e podem até causar anemia ou paralisia no animal de estimação. As espécies mais comuns medem entre 0,35cm e 1,5cm. Uma fêmea adulta pode colocar de dois mil a quatro mil ovos, que sobrevivem até três anos no meio ambiente. Quando jovens, os parasitas têm seis patas; na idade adulta crescem mais duas.
Sob um cão, o carrapato percorre a pelagem até chegar a um dos seus lugares favoritos: a região das orelhas, entre os dedos do pé, próximo aos olhos, nuca e pescoço. Nada em especial, apenas porque a pele do animal é mais fina nessas regiões e o fluxo sanguíneo é maior.
Quanto mais cedo um carrapato é encontrado e removido, menor o risco da doença. Alguns sintomas são febre e letargia, fraqueza, inchaço das articulações e/ou anemia.
Os sinais podem levar dias, semanas ou meses para aparecer. Alguns carrapatos podem causar uma condição temporária chamada "paralisia do carrapato", que se manifesta por um início gradual de dificuldade para caminhar, que evolui para paralisia.
Ainda na Cruzeiro, dois animais foram resgatados e levados para AMV, onde passarão por cirurgia, um de amputação de pata e, outro, para retirada de tumor. Eles serão devolvidos aos donos após a recuperação.
Agendamento do Bicho Amigo
Se o seu bairro ainda não recebeu a visita da Unidade Móvel do Bicho Amigo, procure o Posto de Saúde da Família mais próximo e solicite agendamento com a SEDA. O atendimento é feito para animais de comunidades em situação de vulnerabilidade social, sendo necessária a comprovação de renda familiar de até três salários mínimos. CAMPANHA DO AGASALHO Arrecadação de vestuário bate recorde em 2012
A Prefeitura de Porto Alegre encerrou nesta quarta-feira, 5, a Campanha do Agasalho 2012 com o recorde histórico de doações: 122.763 peças de vestuário, 38.805 a mais que o ano passado. A solenidade, que ocorreu no Salão Nobre do Paço Municipal, contou com a presença de representantes de empresas, clínicas veterinárias, pets, além de dois cães.
Durante o evento, as servidoras Fernanda Lins e Raquel Ferreira, do Gabinete da Primeira-Dama e da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), foram homenageadas por Regina Becker: “Queria agradecer publicamente duas mulheres que fizeram esta campanha acontecer. Foram elas que correram atrás de parceiros, agilizaram a coleta das doações, fizeram a triagem e entregaram às entidades”, disse a primeira-dama.
Neste ano, a prefeitura inovou ao inserir os animais na Campanha do Agasalho: “A prefeitura ganhou destaque nacional ao incluir os animais de estimação nesta campanha, como se eles não tivessem direitos nem sofressem com as condições adversas do tempo. No final, o resultado não poderia ser diferente e mais de 1,2 mil roupinhas, cobertas e utensílios foram doados”, destacou Regina Becker.
Na foto, a estagiária da prefeitura Giordana Bach e a sua "filhinha" Laura, abandonada em frente ao Paço Municipal ainda filhotinha e adotada no mesmo dia por esta guria do bem.
“Quero fazer um agradecimento especial a todas as entidades parceiras. Este engajamento faz a diferença, principalmente nas vilas populares, onde mais se sofre com as consequências do inverno”, disse o prefeito José Fortunati. A Campanha de 2012 beneficiou 94 entidades: abrigos e albergues para moradores de rua e famílias em situação de vulnerabilidade, gerenciados pela Fasc, instituições sociais, creches e comunidades das Ilhas.
"Cães-propaganda"
Localizado no bairro Moinhos de Vento, o Centro Fabiano Gomes colabora com a Campanha do Agasalho há várias edições. Em 212, Fabiano decidiu incorporar à campanha dois “cães-propaganda”. Guapo (foto) e Eureca ilustraram panfletos e cartazes distribuídos pelo bairro, chamando comerciantes e pedestres para ajudar nas arrecadações. A dupla também percorreu ruas durante a campanha em busca de novos colaboradores, inclusive para agasalhos para cães.
CAVALOS I Denise Bicca e a história da encantadora de cavalos dos Pampas
"O melhor do meu trabalho é a emoção indescritível a cada cavalo com quem começo uma relação. O momento em que todas as perguntas dele estão respondidas e se forma uma união e cumplicidade. Aí sim, me sinto completa e forte, pois é um momento só nosso: juntos somos um só e poderosos". (Denise Bicca)
Na edição do Informativo SEDA do último dia 31 abrimos espaço para contar a história e as histórias do “encantador de cavalos” Eduardo Moreira, o empresário que mudou a vida depois de cair de uma égua comprada pela Internet. Mas Porto Alegre também tem uma “encantadora de cavalos”. Denise Bicca é veterinária, professora de equitação, domadora e treinadora de cavalos de esporte e especialista na correção de traumas e desvios de comportamentos. “De tudo o que eu faço, o momento mais excitante é quando vou conhecer um novo parceiro de trabalho. Minha cabeça vai a mil por hora. O primeiro olho no olho, eu perguntando a ele até que momento é melhor respirar, me movimentar, que caminho prefere que eu escolha para chegarmos ao objetivo final. Ficar sempre a postos para responder todas as perguntas que ele tem para me fazer e, no meio dessas perguntas, ele me contando sua história com riqueza de detalhes”. Assim Denise define a sua relação com os cavalos.
A veterinária diz que em um redondel está totalmente disponível ao animal. Ao ser perguntada quantas horas do dia dedica a este trabalho, ela responde: “não trabalho”. Tira férias? “Não preciso”. Se tudo na vida de Denise é um sonho, outras pessoas também podem tê-lo: “Não sei se consigo convencer, mas, certamente tento contagiá-las”.
Clareza e gentileza
Quanto mais estuda, mais claro fica para Denise Bicca que cavalo não se doma. O que funciona para ela é buscar a construção de uma unidade através comunicação clara e gentil. “Deve-se criar um ambiente absolutamente positivo e estimulante para que o cavalo entenda, concorde e queira com nossas diretivas. Iniciar um cavalo é assumir a responsabilidade de levá-lo ao entendimento de nossas solicitações e permitir que ele assuma o compromisso de executar as tarefas, seguir as direções apontadas e manter as velocidades e andamentos solicitados, é criar um acordo de cavalheiros entre cavaleiro e cavalo, baseada na maior suavidade e síntese possível do primeiro de modo que se possibilite que o segundo responda de forma sublime e com a rapidez, presteza e virtuosismo que só um cavalo pode realizar”, ressalta.
Trechos da entrevista com Denise Bicca:
SEDA – Quando e como surgiu a tua paixão por cavalos?
Denise Bicca – Acho que já nasci com esta paixão, pois ainda lembro do primeiro cavalo que vi e até do cheiro dele. Foi em Caxias do Sul e eu tinha apenas 4 anos. Desde então, e para sempre, meu coração bate mais forte quando vejo um.
SEDA – E como esta paixão se tornou profissão?
Denise – Desde criança eu já dizia que queria ser médica de cavalos (não de bichos). Minha vida toda foi traçada em função deles, da escolinha de equitação em 1973, quando meu pai me levou ao Cantegril Clube, em Porto Alegre, para ter aulas de montaria, até a faculdade de Medicina Veterinária na UFRGS. De cahorros e gatos, só sei que latem e miam (risos).
SEDA – Quantos cavalos já passaram pelas tuas mãos?
Denise – Não tem como contar, e, se eu pensar somente no tempo em que me profissionalizei, em 1989, já são 23 anos treinando e dando cursos em todo o Brasil. Ou desde que montei o primeiro cavalo em 1973, já deve dar uma soma considerável, com certeza de quatro dígitos.
SEDA – O método aplicado é o mesmo de Monty Roberts ou tens algum segredo?
Denise – Na verdade existem muitos bons profissionais que trabalham com comportamento equino. Monty é um deles e, certamente, aquele que conseguiu chamar a atenção sobre um olhar e treinar mais de acordo com o comportamento e linguagem dos equinos aqui no Brasil, através do seu livro “O Homem que Ouve Cavalos”. Só para citar alguns profissionais que me inspiraram e contribuíram na minha formação: Pat Parelli, Tom Dorrance, Clinton Anderson, Jon Ensign, Buck Brabanann e o brasileiro Jango Salgado.
SEDA – Existe alguma diferença entre um encantador homem e um encantador mulher? Os cavalos sentem a diferença de sexo?
Denise – Na verdade, os cavalos sentem diferenças de muitas coisas, de mínimos detalhes, de suavidade de ritmo e afinidade, independentemente do sexo. Já vi mulheres trabalharem de forma mais rude e homens muito sutis e afinados com seus cavalos. Mas de uma forma geral, mulheres são mais delicadas que homens e, assim, o cavalo se sente mais confortável. Basta saber que na natureza o cavalo vive em rebanho e possui um líder, que é a égua mais velha. Isso prova que trabalhar com cavalos não é uma questão de força, e, sim, de experiência e sabedoria.
SEDA – Qual foi teu maior pesadelo num redondel?
Denise - Não posso dizer que tive pesadelos em um redondel, mas grandes desafios. O pesadelo mesmo é sempre quando saio dele (redondel), ou porque penso que poderia ter feito melhor para aquele cavalo, ou porque terei que entregá-lo para pessoas que não mereceriam estar com ele.
SEDA – E qual tua maior emoção?
Denise – O melhor do meu trabalho é a emoção indescritível a cada cavalo com quem começo uma relação. O momento em que todas as perguntas dele estão respondidas e se forma uma união e cumplicidade. Aí sim, me sinto completa e forte, pois é um momento só nosso: juntos somos um só e poderosos.
SEDA – Tem algum cavalo que marcou mais tua vida?
Denise – Nossa, todos eles. Pensei agora em uns 5 ou 6, mas vou falar do Elvis, um cavalo que descobri puxando carroça. Ele tinha vindo da Bélgica, custado o preço de um apartamento e foi desenganado para o esporte após sofrer uma queda. Por essas casualidades da vida nossos caminhos se cruzaram e o reconheci. Estava com um carroceiro, magrelo, cheio de bernes, carrapatos e piolhos, mas aquele olhar não tinha nada de coitado. Elvis sempre foi um guerreiro e acabei comprando ele por R$ 200 (o dono queria R$ 500, mas acabou concordando com minha proposta porque ninguém quis o cavalo por achá-lo muito feio). Nunca vou me esquecer do jeito que ele olhou para o caminhão que o embarcou para minha casa. Pareceu que estava embarcando para um grande prêmio. Elvis ergueu a cabeça e pisou firme na rampa, carregando sua magreza, piolhos e carrapatos com toda a determinação que sempre teve. Naquele momento aprendi o que é dignidade, que não depende do que fazem com a gente, é o que a gente faz com o que fazem com a gente. Elvis ficou lindo e muito forte, voltou a saltar e ganhou provas e campeonatos com muita facilidade. Virou sonho de consumo de muita gente (risos). Elvis viveu comigo até seus 30 anos de idade. Ano passado tivemos que nos separar. Foi um parceiro e tanto!
Quem quiser conhecer mais do trabalho de Denise Bicca, acesse os sites www.horsemanship.com.br ou muiedoscavalos.blogspot.com. CAVALOS II Projeto Adote um cavalo já deu novo lar a 227 animais A Cabanha Santi Machado tem atualmente 13 cavalos para adoção e 16 candidatos adotantes
Os defensores do bem-estar dos equinos têm muito a comemorar. A Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) se uniram para colocar em prática o projeto “Adote um Cavalo”, e, entre 2010 e 2012, 227 animais vítimas de maus tratos ou abandono foram resgatados e encaminhados para adoção.
O trabalho de proteção dos cavalos congrega várias frentes do poder público municipal. Em parceria com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Capital, a EPTC realiza blitzes de fiscalização e averigua denúncias encaminhadas pelo telefone 118. De acordo com o agente da EPTC, Paulo Roberto Dorneles, todas as abordagens são feitas de forma tranquila, principalmente com os donos de carroça. O objetivo é fazer um diagnóstico da saúde do animal, bem com das condições de esforço físico. “Identificamos possíveis maus tratos, como a ausência de ferraduras, debilidade física, marcas de ferimento e fêmeas prenhas. Constatado o abuso, o animal é recolhido e não pode ser devolvido ao dono”, explica Dorneles.
Além das blitzes, a EPTC realiza rondas diárias na Capital. A parceria com as secretarias municipais dos Direitos Animais e do Meio Ambiente proporciona uma política rígida e atenta contra os maus tratos. Conforme Daura Pereira Zardin, médica veterinária da Secretaria da Saúde do município, a prefeitura conta com um abrigo para equinos, localizado na Estrada Chapéu do Sol, bairro Belém Novo. A Cabanha Santi Machado, que já recebeu 107 animais em 2010, tem hoje 13 cavalos para adoção e 16 candidatos adotantes.
Segundo números da EPTC, 90% dos candidatos adotantes são proprietários de sítios. Os 10% restantes são ONGs e clínicas especializadas em ecoterapia. Pessoas ou instituições interessadas em adotar um cavalo precisam encaminhar um formulário de adoção junto à EPTC. Os adotantes devem seguir algumas regras visando o cuidado e o bem-estar dos animais:
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O interessado será depositário fiel do animal, não podendo comercializá-lo de nenhuma forma;
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O adotante deverá possuir local adequado para manter o cavalo em boas condições;
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O animal não poderá ser submetido a qualquer tipo de trabalho, especialmente os de tração, como guia de carroças, charretes e arado. Também não poderá ser usado em práticas esportivas, como salto e corridas;
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O interessado deve apresentar RG, comprovante de residência e assinar um Termo de Compromisso de Adoção, juntamente com representante de entidade assistencial, de educação ou de associação civil, devidamente cadastrada na EPTC, que participará da intermediação da adoção.
FEIRA DE ADOÇÕES Recorde de adoção de filhotes em mais uma ação da SEDA
Doze filhotes de cães foram levados à 9ª Feira de Adoções da SEDA, em 2 de setembro passado. Os doze ganharam um lar neste mesmo dia. Esta foi a primeira edição em que todos os animais foram adotados. Até agora, a SEDA deu nova vida e esperança a 374 animais.
Os filhotes foram entregues para seus donos com a carteira de vacinação em dia e com os procedimentos de esterilização e microchipagem agendados para os dias 4, 6 e 7 de dezembro. A Área de Medicina Veterinária da SEDA oferece também consulta de retorno pós-cirúrgico.
Difícil saber de onde transborda mais carinho e respeito,
ou se da alma de uma criança ou se da alma de um cão
FISCALIZAÇÃO SEDA fiscaliza denúncia improcedente de rinha de cães na zona sul São inegáveis as mudanças provocadas pelas redes sociais em nosso cotidiano. Nos aproximamos das pessoas, vivemos plenamente a democracia, travamos lutas e causas sociais, cobramos, reivindicamos e exercemos a cidadania. Enfim, ultrapassamos as fronteiras da internet para exigir justiça e fazer valer direitos constitucionais. Por outro lado, as redes se transformaram em grandes contadores de estórias, muitas vezes, sem a consciência de que elas podem prejudicar alguém, uma causa.
No que diz respeito à Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA), a maioria das denúncias que circulam nas redes e acabam virando protocolo são improcedentes. “Nossos fiscais vão até o local indicado, mas, quando chegam lá, constatam que se trata de desentendimento, briga de vizinhos ou a ocorrência não era verdadeira. O fato ocasiona perda de tempo e atrasa outras demandas”, afirma o chefe da Fiscalização, Jerônimo Carvalho.
Recentemente circulou no facebook uma denúncia de que uma pessoa estaria praticando rinha de cães em uma obra na estação do DMAE, no bairro Serraria. Dizia a mensagem: “pessoal recebi essa mensagem e é urgente. Pelo amor de Deus, alguém pode ajudar??? Na obra do DMAE, na Serraria, tem cachorros PITBULL em maus tratos. Agora há pouco, um pitbull pegou outro e está bem grave. Poderia urgente pedir para alguém buscá-la. Comeu um pedaço da cara dela. O supervisor está maltratando os bichos. Por favor, tem um animalzinho em apuros sangrando e os seguranças não sabem o que fazer. Tenho muito mais coisa para falar sobre maus tratos ocorridos neste lugar. Busquem ela, está sem um pedaço do rosto e chorando muito de dor!!!!!!!!”.
A denúncia foi compartilhada por centenas de pessoas, inclusive de fora do Estado. Tão logo tomou conhecimento, a SEDA encaminhou os fiscais Camile Oliveira, Luciano Cardoso, Paulo Jardim até o local. De acordo com engenheiro responsável pela construção da Estação de Tratamento e Esgoto (ETE), o consórcio tem três pitbulls, um pastor alemão e uma SRD na obra. Durante o dia são mantidos num canil e, à noite, os animais são colocados em pontos estratégicos, presos por uma coleira e com água e comida à disposição.
Como a construção não é cercada, a circulação de animais de rua é grande em busca de alimentos. E foi na noite do dia 26 de agosto que a SRD da ETE atacou gravemente um cão em situação de abandono. Assim que soube do incidente, o administrador do consórcio, Marcelo Pereira da Cunha, chamou o veterinário responsável pelos cinco cães, porém, o animal agredido já havia sido resgatado pela veterinária Beatriz Langois.
Os cinco cães que vivem na obra do DMAE, no bairro Serraria, são bem alimentados e higienizados. Passam o dia em canis individuais e, à noite, ficam presos em coleiras em locais estratégicos da obra na Estação de Tratamento e Esgoto
Constatação da equipe de Fiscalização da SEDA
- Os animais de propriedade do consórcio estão em boas condições de saúde;
- Os canis são independentes, em boas condições de higiene e com água e comida disponível;
- O funcionário Paulo Cezar dos Santos é tratador de animais e, especialmente com os cães da obra, é atencioso e respeitado por eles;
- O espaço tem uma despensa com alimento e medicamentos disponíveis;
- Em nenhum momento foi verificado indícios de “rinha” no local;
- Os operários são proibidos de oferecer alimento humano aos animais.
Recomendações repassadas pela SEDA ao consórcio responsável pela construção da ETE
- Realizar uma campanha educativa junto aos funcionários sobre guarda responsável e saúde animal;
- Microchipagem dos cães sob responsabilidade da empresa;
- Colocação de placas de “cão bravio” em pontos estratégicos da obra;
- Parceria da SEDA com a empresa para castrar os cerca de 50 animais que vivem no entorno da obra.
A SEDA pede a colaboração da sociedade para melhor desempenhar seu papel que é promover a saúde, a proteção, a defesa e o bem-estar animal. Sejamos todos conscientes! Solicite os serviços da Prefeitura quando realmente for necessário. GUARDA RESPNSÁVEL Animais do bairro Medianeira vítimas de maus tratos se recuperam e aguardam novo lar Maus tratos a animais é crime e quem o comete está sujeito à pena e detenção. O ato configura toda e qualquer forma de abuso, agressão física, ferir ou mutilar animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos. A Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) recebe por dia cerca de 12 denúncias de maus tratos. Muitas são inverídicas, mas as que correspondem ao protocolo, muitas vezes, chocam pela situação em que os animais estão condicionados.
No início de agosto, a SEDA recebeu pedido de ajuda para três cães do bairro Medianeira que, desde a morte do proprietário, havia mais de 15 dias, estavam sozinhos, sem água e comida ou qualquer tipo de auxílio. A denúncia foi comprovada pela equipe de Fiscalização e os animais levados para AMV, onde receberam tratamento a base de antiinflamatórios e antibióticos, tomaram vermífugo, vacina e foram esterilizados e microchipados.
Conforme a veterinária Cinthia Brum Dias, os cães chegaram na SEDA muito magros e com ectoparasitas (pulgas e carrapatos). Também apresentavam doenças de pele e causaram um grande susto na equipe. Sobre o corpo dos animais havia grandes saliências. Após avaliação veterinária, foi constatado que as bolas, na verdade, eram de nós de pêlos. Como os animais estavam há muitos meses sem cuidados com a higiene, sem banho, tosa nem escovação, acumularam fungos e pulgas em algumas regiões. Importante ressaltar que as bolas de pêlos são prejudiciais à saúde dos animais. “Quando há nós se acumula muita sujeira, fungos e pulgas, podendo causar doenças de pele e outras patologias. Para evitar que isso aconteça é necessário banhá-lo uma vez a cada 15 dias e escovar os pêlos freqüentemente”, afirma Cinthia.
Hoje, tosados, limpinhos e cheirosinhos, os cães aguardam uma família para dar-lhes amor e carinho e compensar, de certa forma, todo sofrimento que passaram. Assim como eles, muitos outros cães e gatos aguardam por um lar. Adote e torne a vida de um animalzinho muito feliz!
O antes e o depois de um dos cães tosado e livre de doenças de pele.
Agora ele e os outros dois parceiros de vida precisam de novas famílias.
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