Pelo segundo ano consecutivo, serão aceitas doações para animais em condições de vulnerabilidade

A Prefeitura de Porto Alegre lança, no próximo dia 15 de maio, a Campanha do Agasalho 2013 e, mais uma vez, os animais foram incluídos nesta rede de solidariedade. A solenidade está marcada para às 11h, no Salão Nobre do Paço Municipal.

No ano passado, foram arrecadadas 122.763 peças de roupas, posteriormente encaminhadas a 110 entidades cadastradas junto ao Gabinete da Primeira-Dama. Aos animais, foram doados 1.271 itens. "Temos a pretensão de superar a arrecadação de 2012, pois somos convictos de que, cada vez mais, a sociedade está imbuída do espírito de respeito aos Direitos Humanos e Animais. Ajudar ao próximo aquece o corpo de quem recebe a doação e enobrece a alma de quem doa”, diz a primeira-dama e secretária da SEDA Regina Becker.

Esta semana, o Gabinete da Primeira-Dama entregou as primeiras 148 peças de roupas ao Instituto Espírita Dias da Cruz. As doações podem ser feitas até o dia 16 de agosto no Paço Municipal (Praça Montevidéo, 10 – Centro Histórico), FASC (avenida Ipiranga, 310 – Bairro Praia de Belas) e nas secretarias municipais. Mais informações sobre a Campanha do Agasalho da Prefeitura de Porto Alegre pelos telefones (51) 3289.8912 e/ou 3289.8913.

A vereadora de Salvador Ana Rita Tavres (PV) está em Porto Alegre, desde quarta-feira (8), conhecendo o trabalho da Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA). Em seu primeiro mandato, Ana Rita é autora do projeto de criação da SEDA na Capital baiana. A proposta foi aprovada e aguarda posição do prefeito ACM Neto.

“A ideia é que a SEDA atue, acima de tudo, com a conscientização sobre a responsabilidade de cada um para com os animais. Esterilizá-los é fundamental, mas as pessoas precisam saber o porquê desta necessidade. Os animais abandonados na rua proliferam sem controle e aumentam os riscos de epidemias, portanto, a sociedade deve saber que tudo isso já se transformou em um real problema e nós temos que enfrentar isto de maneira adequada, consciente e responsável. ”, diz a parlamentar, ao destacar a visita à SEDA de Porto Alegre: “retornarei a Salvador feliz e com a certeza de que é possível, sim, mudar a vida de milhares de animais em condições de vulnerabilidade. Basta vontade política e determinação, como teve o casal José Fortunati e Regina Becker”.
 

Há 10 anos, Ana Rita Tavares atua na causa animal e, desde 2007, é voluntária da ONG Terra Verde Viva, que presta atendimento a cerca de 300 cães e gatos. Como vereadora, e na ausência de políticas públicas voltadas aos Direitos Animais em Salvador, Ana Rita montou uma força-tarefa em seu gabinete. De janeiro até agora, ela já recebeu mais de 1,2 mil pedidos de esterilização, de resgate a animais vítimas de acidentes e de fiscalização de maus tratos. “Estou pessolmente envolvida com a causa. Choro com o sofrimento deles, mas sorrio toda vez que devolvo a vida àqueles que, em algum momento, tiveram muito próximos do fim”, afirma.

A Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) realizou, entre os dias 2 e 8 de maio, 177 esterilizações, 47 vermifugações, 59 atendimentos clínicos e 19 cirurgias, sendo uma plástica no pênis e outra na orelha, três para retirada de tumor e três de hérnia. A equipe de Fiscalização atendeu a 151 demandas do “Fala Porto Alegre – 156”. Também foram feitas dez adoções.
 

A SEDA realizou, no último dia 4 de maio, mais uma ação de vacinação, vermifugação e atendimento a 61 cães e gatos com o ônibus Bicho Amigo, na E.M.E.F. Saint'Hilaire, na Lomba do Pinheiro. A atividade, promovida pela escola, contou com a presença da comunidade e abordou questões relacionadas à guarda responsável e aos cuidados com animais como integrantes da família.

A Saint'Hilaire é pioneira e mentora do projeto “Vira-latas: Adote esta Ideia”, realizado na escola, com a participação da comunidade. Conforme a professora Cinara Bertuol, coordenadora do projeto, este trabalho é realizado para, quem sabe um dia, acabar com o abandono e os maus tratos. “A escola e a comunidade só têm a agradecer à SEDA, em especial ao veterinário Franco, pela atenção e clareza em abordar um tema tão importante e delicado em uma comunidade tão carente como a nossa, mas que acredita na vida e está sempre disposta a aprender e a evoluir”, disse Cinara.

Uma a cada cinco pessoas morrem atropeladas, por dia, no Rio Grande do Sul. O número se eleva quando associado a acidentes em via pública, envolvendo animais. As principais vítimas são cães e gatos de rua, expostos aos perigos que, muitas vezes, sofrem e causam graves acidentes.

A Área de Medicina Veterinária (AMV) da SEDA recebe, diariamente, animais acidentados, muitos, com risco de morte. Foi o caso de um SRD e sua tutora atropelados por uma motocicleta, enquanto atravessavam uma avenida movimentada, no bairro Cavalhada. A tutora foi encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, enquanto o cão foi deixado agonizando na calçada. Solidário, Osvald Lucas, que passava pelo local no momento do acidente, abriu protocolo junto ao telefone 156, da Prefeitura de Porto Alegre, e levou o animal à AMV.

De acordo com a veterinária que atendeu o SRD, Adriana Lopes, o trauma causou problemas neurológicos. Bastante debilitado, o paciente segue em tratamento, mas já se alimenta sozinho e caminha com dificuldade. Após a recuperação, será esterilizado e ficará sob os cuidados do solicitante, caso a verdadeira responsável concorde com a doação do animalzinho.

Há 10 meses tramita no Senado Federal o anteprojeto de reforma do Código Penal (PLS 236/12). No que diz respeito aos animais, a proposta prevê pena de um a quatro anos de prisão para quem maltratá-los. Ocorrendo morte ou lesão permanente, a detenção pode chegar a seis anos. Abandono, omissão de socorro e realização de rinhas também conquistaram garantias expressas no documento.

Segundo o texto do Código de Processo Penal, sancionado em junho de 2011, o juiz terá 14 alternativas de medidas cautelares para condenar crimes com punição de até quatro anos de prisão (restrição de direitos e multas). Recolhimento domiciliar, monitoramento eletrônico, proibição de ausentar-se da comarca ou país e comparecimento periódico à Justiça estão entre elas. Se norma for convertida em lei, não haverá mais transação penal e poderá haver prisão em flagrante delito

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“Eu, Cris Guimarães, e Rudáia Côrrea queremos agradecer à secretária Regina Becker pela oportunidade de conhecer a Área de Medicina SEDA. Sabemos que a agenda de Regina é apertada, cheia de compromissos e desafios delicados. Ficamos muito sensibilizadas com o fato dela 'congelar' esse espaço na agenda para nos acompanhar. Adoramos ter estado com Regina Becker e a Dra. Márcia Gemerasca, outra apaixonada por animais. Achamos incrível a estrutura, super organizada, e percebemos a dedicação e o amor pelo animais de cada um quem vimos trabalhando.

Queremos reforçar, mais uma vez, nossa admiração por Regina Becker, uma mulher forte, delicada, amável e determinada. Podem contar sempre com o nosso apoio, somos parceiras para qualquer ação ou projeto que acreditem que nós e o Instituto Visão Social possamos tocar.Um beijo carinhoso e fiquem com Deus”.
Cris Guimãrães e Rudáia Côrrea

Desabafo de uma testemunha
“No inicio de abril, recebi de amigos solicitação para verificar a situação de dois locais que abrigavam cães de guarda: um da CIA do Cão e outro da Protecães. Em 8 de abril estive no prédio, localizado na avenida Farrapos, e lá encontrei placas da CIA do Cão. Também vi no interior do prédio um casal de rottweiler bem alertas e em bom estado físico, denotando estarem bem psicologicamente. O local estava bem limpo, sem sinais de fezes e urina. Mais: os animais estavam soltos. Como o espaço é muito grande, não foi possível entrar nem visualizar a existência de água e ração. 

Quero dizer com isso que as pessoas, ao invés de denunciarem diretamente o fato, espalham pela internet (ela é vista inclusive pelos donos destas empresas) e, tão logo recebem informações que estão sendo vigiados, correm ao local do possível crime, o maquiam e trocam os cães. E na hora que chegamos ao local, só encontramos os animais sadios e o local limpo, ou seja, nada que possa gerar ação civil ou criminal por maus tratos contra os donos.

Tem sido assim diversos processos arquivados pelo Ministério Publico, por falta de provas que possam gerar processo criminal contra os acusados. Também não adianta pedir providências a protetores nem à SEDA se, ao mesmo tempo, ligam para as empresas reclamando e avisando que serão denunciadas. Isso é dar o maior tiro no próprio pé.

O que os fiscais da SEDA, Polícia Civil e Brigada Militar encontraram foram exatamente o mesmo cenário que encontrei: local já limpo, maquiado e cães trocados. E empresário rindo de nossas caras”.
Luiz Ferreira Santana

NOTA DA SEDA
Conforme amplamente divulgado nos boletins eletrônicos da SEDA, a equipe de fiscalização desta Secretaria vem acompanhando, desde o mês de março, todas as denúncias referentes ao prédio abandonado, localizado na avenida Farrapos, nº 1485. Portanto, não procede a informação no que tange à substitução de animais, o que não ocorreu. Tampouco o empresário demonstrou qualquer ironia à ação, pelo contrário.

A servidora do DMAE e protetora, engenheira Magda Granata, doou seis casinhas aos animais em condições de vulnerabilidade que estão recebendo atendimento na Área de Medicina Veterinária da SEDA. “Mandei construir casinhas onde cabem, confortavelmente, dois cães bem grandinhos em cada uma. Para mim, é um alento à alma ajudar quem, realmente, precisa de um cantinho para dormir e amor”, diz Magda.

A SEDA agradece a compreensão e o apoio da engenheira Magda Granata e de tantos outros doadores, anônimos ou não. A luta pelos animais é de todos nós!

O mercado de animais domésticos e de produtos e serviços destinados aos bichos de estimação tem crescido de forma significativa no Brasil. Segundo os dados mais recentes divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), no ano passado, o segmento faturou R$ 14,2 bilhões e respondeu por 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país).

Apesar da representatividade, integrantes desse mercado afirmam que falta regulamentação e pedem um estatuto pet em âmbito federal, a fim de unificar as legislações de estados e municípios e garantir profissionalização ao setor. Os empresários querem ainda incentivos, como redução tributária. O assunto é discutido na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Animais de Estimação, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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O cão flagrado sendo agredido pela tutora, há poucos dias, tem novo lar e novo nome. A pinscher “Sophia” (nome dado à pinscher para não trazer nenhuma associação do seu passado de maus tratos) foi adotada por Grettel Cardozo, mãe de Camila Cardozo de Vasconcellos, estagiária do Procon, da Prefeitura de Porto Alegre. A autorização de doação foi emitida pela Polícia Civil. “Há alguns meses, eu e minha mãe vínhamos amadurecendo a ideia de adotar um cão de pequeno porte, tamanho apropriado para o apartamento dela. E quando tomamos conhecimento da história da Sophia, decidimos que seria ela”, diz Camila.

Poucos horas antes da chegada à casa da Família Cardozo, Camila saiu para comprar o enxoval. Ela já tem seu cantinho e está sendo muito mimada. “Meu irmão faz academia, por isso é alto e forte, e muito engraçado vê-lo passear com Sophia. Ele grandão e ela bem pequenininha. Um é bem apaixonado pelo outro”, conta.

Aos 25 anos, a estudante de Direito ainda encontra tempo para cuidar de outros animais em condições de vulnerabilidade. Em casa ela tem quatro cães, oito tartarugas e três calopsitas. “Sempre gostei de animais, mas a minha mãe só deixou eu ter o primeiro cachorro aos 11 anos de idade, sempre insistindo na grande responsabilidade que era ter um. Brown está comigo há quase 15 anos e foi a partir dele que comecei a ter um olhar de compaixão e respeito pelos animais de rua. Quando vi, já era uma protetora”, conta Camila.

Camila (foto) perdeu as contas de quantos animais tirou das ruas e conseguiu um lar. Em 2012 e nos primeiros meses de 2013, foram sete gatos, cinco SRDs, quatro pitbulls e quatro tartarugas. Ela também participou com outros protetores do resgate de um pitbull, no Parque da Redenção, que ficou aos cuidados da SEDA; dos SRDs Esperanza e Vitória, que sobreviveram aos ataques de fúria do ex-tutor; do pitbull espancado, no bairro Cavalhada e do cão flagrado sendo abandonado na freeway.

Para a jovem protetora, sem o apoio da SEDA, ela não teria conseguido resgatar, tratar e esterilizar os cães e gatos que ajudou a salvar: “Tenho orgulho de dizer que sou de Porto Alegre, reconhecida como a 'Capital dos Animais'. Somos a primeira cidade do país a criar uma Secretaria que visa proteger os direitos dos animais e, em breve, teremos um hospital público veterinário. Impossível não se orgulhar de ser porto-alegrense”.

Na noite do último dia 5 de maio, os dois cães da foto foram encontrados na rua Vicente da Fontoura, bairro Rio Branco. Trata-se de dois animais com idades entre 10 e 12 meses, fortes e saudáveis. O cãozinho de pelo escuro usa uma coleira com um número de telefone, porém, faltam dois algarismos.

Se alguém os conhece, entrar em contato pelo e-mail imprensa@seda.prefpoa.com.br.

Bichinhos são tratados por quem entende do assunto: cardiologistas, oncologistas, oftalmologistas...

Já é de praxe que as questões de saúde dos humanos sejam tratadas pelos médicos que melhor entendem do assunto. Cada vez mais, os pets também podem contar com os serviços de veterinários especialistas, uma categoria que ganha adeptos em ritmo acelerado. São cardiologistas, fisioterapeutas, acupunturistas, experts em animais silvestres e dezenas de outros tipos de profissional que se espalham pelas clínicas. Estima-se que pelo menos 20% dos cerca de 18 000 veterinários que atuam na capital já tenham alguma especialização.

“O mercado de pets se expande dia após dia, por isso todos buscam se diferenciar”, explica José Fernando Ibañez, presidente da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo. “A formação em áreas específicas pode fazer o salário dobrar em comparação com o de um clínico geral.” A entidade oferece cursos de dois anos focados em quinze assuntos — mais que o dobro do que estava disponível cinco anos atrás. Para trinta vagas, ela chega a receber uma média de oitenta candidatos.

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