Renda é revertida para aquisição de ração e medicamentos a animais em situação de vulnerabilidade

Milhares de pessoas visitaram, no último dia 23 de março, a terceira edição do Brechocão, no Parque da Redenção. O evento, organizado pela Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), reuniu 23 ONGs e protetores da Capital, cadastrados na SEDA, que comercializaram diversos produtos como roupas, sapatos, CDs, discos de vinil, livros e artesanato.

Toda a renda é revertida para aquisição de ração e medicamentos e também para atendimento veterinário para cães e gatos em condições de vulnerabilidade. “Sempre temos em casa uma mesa, uma cadeira, um eletrodoméstico que para muita gente não significa mais nada, mas que pode fazer a diferença na vida dos animais que precisam de ajuda, destaca a secretária Regina Becker.

A protetora Maria Luiza Silano, moradora do bairro Rubem Berta, junto com três amigas, é responsável pelo acolhimento de 35 animais. Daniela da Rosa Dias, da SOS Bichos Carentes, do bairro Humaitá, realiza trabalho voluntário nas vilas Santo André e Farrapos na proteção de cães e gatos. “Há mais de 10 anos estou nesta causa e tenho que me desdobrar para manter animais em situação de vulnerabilidade em casa de passagem e para pagar despesas com veterinário, ração, etc...”, explica Daniela.

A designer de interiores, Rosa Knippling, idealizadora da ONG Sou do Bem Causa Animal, participa do Brechocão desde a primeira edição. “Tem sido maravilhoso, é uma oportunidade de arrecadar dinheiro e conhecer os outros parceiros protetores de animais”, afirmou ela, que atua há 25 anos na proteção de animais de rua.
 

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A quarta edição do Brechocão acontece no dia 4 de maio. As inscrições valem também para o evento do dia 8 de junho

As inscrições para as próximas edições do Brechocão, que acontece em 4 de maio e 8 de junho, abrem no dia 7 de abril. O evento, organizado pela Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA), a partir de agora, será mensal. “O movimento do Brechocão é crescente e a realização mensal é um pedido dos próprios protetores que, além de arrecadar fundos à causa animal, têm fortalecido os laços com outros protetores e ONGs. Quem ganha com tudo isso? Os animas, portanto, a partir de maio, o evento acontecerá uma vez por mês, no Parque da Redenção”, declara a secretária da SEDA, Regina Becker.

Toda a renda desta ação é revertida à aquisição de ração, medicamentos e atendimento veterinário cães e gatos em condições de vulnerabilidade. A sociedade também pode participar fazendo a sua doação, no dia do evento, diretamente à entidade e/ou protetor de sua preferência.

As inscrições são feitas pelo telefone 156, da Prefeitura de Porto Alegre, até o dia 25 de abril. O Brechocão acontece na Redenção (avenida Osvaldo Aranha, em frente ao parquinho), das 9h às 16h.

A secretária dos Direitos Animais, Regina Becker, palestrou, na quarta-feira (26), para um auditório totalmente lotado, na aula inaugural do curso de Medicina Veterinária da UniRitter. Durante a sua manifestação, Regina disse que esta tem se tornado uma das profissões mais importantes e valorizadas do país: “Há uma mobilização  mundial em defesa dos Direitos Animais e, cada vez mais, os médicos veterinários vêm ganhando espaço, bem como as pet shops”.

Ela destacou as ações desenvolvidas pela Secretaria que, apesar de uma pequena equipe para atender a demanda reprimida há décadas, tem conseguido apresentar resultados positivos com o apoio de clínicas parceiras no atendimento a animais em situação de risco. “São inúmeros casos que a maioria da população desconhece e, graças às pessoas sensíveis e comprometidas com a causa, Porto Alegre é, hoje, referência ao país”, reconheceu a secretária, ao confirmar os 64 casos de colecionadores de animais mapeados pela SEDA e o desafio de enfrentar a problemática: “A SEDA mapeou 64 casos de colecionadores em Porto Alegre, que, se somarmos os animais sob responsabilidade dessas pessoas, passam de cinco mil”. 

Mercado em ascensão
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação, (Anfalpet), o mercado cresce 20% ao ano. O consumo de produtos ligados a pets, como rações, medicamentos, acessórios, equipamentos e serviços, já gera um faturamento anual de R$ 9,1 bilhões no Brasil.

Regina foi recebida pelo reitor da UniRitter, Telmo Rudi Frantz, e pela coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Viviane Guyoti

No mercado de alimentos, a participação mundial brasileira, hoje em 6%, deve crescer para algo próximo de 8% nos próximos dois anos. A indústria farmacêutica também prevê avanços dentro do setor. Há uma expectativa de crescimento de 7% a 10% nos próximos anos, com o advento de novas tecnologias para prolongar a vida dos animais, combater o envelhecimento e doenças como depressão, obesidade e câncer.

Atualmente, 44% dos lares brasileiros possuem pelo menos um cão ou gato, segundo levantamento Radar Pet 2009, estudo inédito que mapeou esse mercado nas principais capitais brasileiras. Somente em Porto Alegre, quase 80% dos lares têm animais de estimação. Ainda de acordo com a pesquisa, o número de pet shops está perto de 40 mil.

A Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (SEDA) realizou, entre os dias 20 e 26 de março, 90 esterilizações, 81 atendimentos clínicos na Unidade de Medicina Veterinária (UMV) e 167 vacinações e 170 vermifugações com o ônibus Bicho Amigo.

Foram realizadas ainda 20 cirurgias, sendo quatro para retirada de tumor, cinco de hérnia, uma amputação de membro e uma enucleação de globo ocular. Já a equipe de fiscalização atendeu a 115 demandas do “Fala Porto Alegre – 156”.
 

Sobre o Brechocão

“Aqui registramos a nossa gratidão. Nosso brechó foi um sucesso, vendemos muito e teremos dinheiro para pagar castração, hospedagem em casa de passagem e tratamentos. Seremos sempre gratas à grande oportunidade que nos deram. Obrigada.”
Alexandra Tombini e Fernanda Davoglio

“Gostaria de compartilhar com vocês o sucesso do Brechocão. O público estava ótimo, participativo e já perguntaram pelo próximo evento. Parabéns à toda equipe, obrigada por mais essa oportunidade e esperamos que ela se multiplique! Grande abraço!”
Patrícia Hackmann/ Patas Dadas UFRGS

“Eu agradeço muito a ajuda da SEDA. Neste desgaste físico, emocional e financeiro que nós protetoras enfrentamos, posso dizer que sinto minha alma acarinhada por vocês. Abraço.”
Sandra Kischeloski

“Gostaria de parabenizar o importante trabalho educativo que vem desenvolvido pela SEDA, pois tais ações de conscientização só vem a contribuir para a melhoria de nossa sociedade. Nessa mesma lógica, envolvendo a notícia sobre multa do juiz à agressora do poodle, aproveito para perguntar se também vem sendo observada a respectiva situação familiar pelos órgãos competentes de cuidado à criança e adolescente (Conselho Tutelar e outros), já que duas crianças pequenas e indefesas presenciaram o descontrole e violência exercidos pela mãe. Como medida de promoção e prevenção à saúde daqueles menores, penso também ser oportuno e urgente acionar essa ação, de forma integrada e transversal. Grata pela atenção, com os desejos de sucesso sempre.”
Martha Fehlauer Lauermann – Porto Alegre

A experiência de Porto Alegre em relação à proibição gradativa de circulação de veículos de tração animal (carroças) e humana (carrinhos) até 2016 foi apresentada em reunião na Câmara Municipal de Montenegro, na noite de terça-feira, 25. No encontro, requerido pelo vereador Roberto Braatz, aspectos socioeconômicos envolvendo a proposta, bem como os maus tratos a cavalos foram abordados pela titular da Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA), Regina Becker, e pelo chefe de Gabinete da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Marcelo Soletti. “Nossa intenção é buscar no exemplo da Capital um balizador para ações que culminem com o fim da atividade de coleta de resíduos recicláveis na cidade”, argumentou Braatz. 

Regina destacou o lado social da atividade dos catadores, que têm no material reciclável uma fonte de renda para a sobrevivência de várias famílias, e apontou para a necessidade da construção de galpões de reciclagem, visando conduzir os carroceiros para uma atividade em que não precisem do cavalo. Neste sentido, sugeriu a elaboração de um projeto para a busca de recursos junto a iniciativa privada, que possibilitem o financiamento das ações.

Em Porto Alegre, a Prefeitura desenvolve o “Todos Somos Porto Alegre - Programa de Inclusão Produtiva na Reciclagem”, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Braskem, Bunge e Celulose Riograndense. O programa prevê a qualificação profissional dos trabalhadores e da atividade das unidades de triagem de resíduos sólidos. Para aqueles que desejam migrar a outras áreas de atuação profissional, são oferecidos cursos de formação – com a concessão de bolsa de estudo – e apoio para conquista de emprego com carteira assinada.

Adote um Cavalo - Por meio de Termo de Compromisso firmado entre EPTC e Ministério Público do Rio Grande do Sul, com a participação da SEDA, Coordenadoria Geral de Vigilância da Saúde e Batalhão Ambiental da Brigada Militar são realizadas blitze frequentes a carroças e carroceiros, com o objetivo de garantir o bem-estar dos animais. Os cavalos vítimas de maus tratos ou abandono são resgatados, levados para o abrigo na zona Sul da cidade e, após tratamento e identificação com microchip, podem ser adotados por entidades juridicamente reconhecidas. Até agora, 270 animais já foram doados através do projeto “Adote um Cavalo”, com a garantia de oportunidade de uma vida melhor.

Participaram da reunião, o secretário municipal do Meio Ambiente de Montenegro, Clóvis Domingues, o diretor de Transporte e Trânsito, Edar Borges Machado, e os representantes da OAB local, Amália Rosa de Campos, do 3º Pelotão Ambiental, sargento Clério de Carvalho, do 5º BPM, tenente Elton José Santos da Silva, a presidente da Associação Montenegrina dos Guardiões dos Animais (Amoga), Maria Luiza Rodrigues Kimura, e a tesoureira da entidade, Lisandra Mallarino.

A construção de um centro regional de saúde, defesa e bem-estar animal na Costa Doce foi defendida pela secretária dos Direitos Animais de Porto Alegre, Regina Becker, em audiência pública na Câmara Municipal de Tapes, proposta pela vereadora Verônica Alencastro. Ao palestrar para o público que lotou o plenário, na noite de quinta-feira, 27, Regina argumentou a necessidade de união dos municípios que integram a região com vistas à implementação de políticas públicas voltadas aos animais. “O poder público e a rede de proteção têm que atuar juntos no enfrentamento de questões como o controle reprodutivo de cães e gatos”, ponderou.

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Este pequeno e dócil cão foi abandonado, na sexta-feira (28), nos trilhos da Trensurb. Ele está sob os cuidados da pessoa que o resgatou e, quem tiver interesse e condições de adotá-lo, entre em contato pelo e-mail imprensa@seda.prefpoa.com.br.

Ao analisar o perfil nutricional de um alimento, devemos ficar atentos à qualidade da proteína e não à quantidade, pois os números enganam. Mas, afinal, como fazer essa análise?

• Uma ração boa tem que ter, no mínimo, 80% de taxa de digestibilidade;
• Informe-se se a ração tem “Fórmula Fixa”, pois pouquíssimas têm e é importante para manter uma uniformidade na ração;
• Evite rações que contenham carne bovina ou farinha de ossos, que  diminui e muito a digestibilidade. Procure sempre rações a base de carne de frango. E não confunda proteína de frango com “sabor de frango”;
• Rações com muito vegetais são prejudiciais aos cães, pois sobrecarregam todo o sistema digestivo e reduzem drasticamente a absorção da proteína. A soja é muito usada como alternativa de custo baixo para elevar a porcentagem de proteína, mas é muito demorada na digestão. Lembre-se: os cães são carnívoros;
• Dê preferencia às empresas de ração que tenham laboratório próprio de análise. Como uma empresa pode garantir os níveis de um produto se ela mesma não tem como checar no laboratório? Nem mesmo tem condições de chegar à qualidade das matérias-primas que investe;
• Uma ração para cão adulto, com proteína de boa qualidade, não precisa passar de 22%;

O excesso de proteína causa:

• Oxidação que resulta em compostos nitrogenados, que sobrecarregam o fígado e os rins;
• Produz ácido úrico, subindo o índice desse composto no sangue;
• É o maior responsável pelo mau cheiro e fezes moles;
• Proteína não é fonte de energia nem serve para “turbinar” os cães. Fonte de energia são carboidratos e gordura (extrato etéreo).

As proteínas desempenham as seguintes funções: estrutural (participam da estrutura dos tecidos), enzimática (são fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas), hormonal (muitos hormônios de nosso organismo são de natureza proteica), de defesa (existem células no organismo capazes de "reconhecer" proteínas "estranhas" que são chamadas de antígenos), nutritivo, coagulação sanguínea e transporte.

Fonte: Pet Newsletter