A maior obra de drenagem urbana de Porto Alegre foi entregue à cidade em 18 de março de 2008. A execução do Conduto Álvaro Chaves foi iniciada em maio de 2005 para controlar alagamentos em nove bairros da cidade. Foram implantados 15 mil metros de redes pluviais em 35 ruas de Porto Alegre, gerando benefícios a cerca de 120 mil moradores da região atingida.
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Cidade Subterrânea
Dos 15 mil metros de canalizações, 1.950 metros trabalharão como conduto forçado (rede sob pressão), 2.510 metros são redes de macrodrenagem e 10.850 metros são tubulações de microdrenagem (rede de diâmetro inferior a 1,5 metro). Cerca de 3.800 metros de galerias de concreto foram construídas no subsolo para conduzir as águas da chuva ao Guaíba.
Na rua Cel. Bordini localiza-se a maior galeria do Conduto com 7,5 metros de largura X 2,5 metros de altura (de um meio-fio ao outro da rua). Para a execução desta galeria o DEP fez uma escavação de 8,8 metros de profundidade, equivalente a um prédio de 2,5 andares.
A obra
O Conduto Álvaro Chaves-Goethe tem investimento de R$ 59 milhões com financiamento de 66 % do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com contrapartida da prefeitura de 34 %. O objetivo da obra é controlar alagamentos em pontos críticos de nove bairros e na Avenida Goethe. O Conduto correrá paralelo ao Canal Tamandaré, diminuindo a vazão de suas águas, que serão levadas dos bairros até o Guaíba.
Ruas e avenidas atingidas:
Rua Álvaro Chaves, Rua Santa Rita, Avenida Pernambuco, Avenida Chicago, Rua Félix da Cunha, Rua Doutor Timóteo, Rua Marquês do Pombal, Rua Coronel Bordini, Avenida Cristóvão Colombo, Rua Visconde do Rio Branco, Rua Conde de Porto Alegre, Rua Eudoro Berlink, Rua Quintino Bocaiúva, Rua Tobias da Silva, Rua 24 de Outubro, Rua Padre Chagas, Rua Mata Bacelar, Avenida Mariland, Rua Felipe Neri, Rua Silva Jardim, Rua Freire Alemão, Avenida Nova York, Rua Auxiliadora, Rua Carlos Von Koseritz, Rua Corcovado, Avenida Plínio Brasil Milano, Rua Cândido Silveira, Rua Felicíssimo de Azevedo, Travessa Azevedo, Travessa Angustura, Rua Olavo Barreto Viana, Rua Luciana de Abreu, Rua Xavier Ferreira, Parcão (Goethe - Prado) e Rua Poty Medeiros.
Bairros beneficiados:
Moinhos de Vento, Auxiliadora, MontSerrat, Rio Branco, Bela Vista, Higienópolis, São Geraldo, Floresta e Navegantes.
Outras informações:
- Primeira obra da cidade a ter acompanhamento direto da assessoria comunitária do DEP, fazendo constantemente a relação da obra com a comunidade.
- Primeira obra no RS executada de acordo com a legislação Federal, que determina: escavações em sítios arqueológicos devem ter acompanhamento integral de um arqueólogo. O monitoramento arqueológico do Conduto recolheu mais de 9 mil peças de materiais arqueológicos. A futura análise destes materiais ajudará a esclarecer a história antiga de Porto Alegre.
- A obra teve monitoramento ambiental "in loco", que define a execução dos trabalhos de engenharia no que diz respeito à compensação e impacto ambiental.
- A remoção de árvores, inicialmente prevista, era de 408 vegetais. Porém, com o final da obra, foram suprimidas apenas 79 árvores, representando uma redução de 80% do corte, ou seja, foram cortadas apenas 20 % das árvores. Uma importante ação ambiental foi a decisão de preservação do Túnel Verde da Rua Marquês do Pombal com a mudança do traçado do Conduto para a Avenida Cristóvão Colombo.