Em 2 de julho comemora-se o Dia Nacional do Hospital, em função da inauguração da Santa Casa de Misericórdia de Santos, em São Paulo, ter ocorrido no mesmo dia no ano de 1944. A data foi criada pelo então Presidente Getúlio Vargas para homenagear todos os profissionais envolvidos no dia a dia de um hospital. Porém, o Dia Mundial do Hospital foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 14 de julho, com o objetivo de que os assuntos pertinentes à área fossem debatidos anualmente pela sociedade.
A palavra hospital origina-se do latim hospitalis, que significa "ser hospitaleiro", acolhedor. Pesquisadores afirmam que os primeiros hospitais surgiram no Ceilão em 431 a.C., local onde localiza-se hoje o Sri Lanka. Dois séculos mais tarde, foram construídos na Índia locais para recuperação dos enfermos, mas o tratamento ainda era muito relacionado com o ocultismo e de eficácia duvidosa.
Por volta de 100 a.C. os romanos introduziram na Europa instituições agora mais semelhantes aos hospitais atuais, os chamados “valetudinarium”, destinados à assistência aos feridos em guerra. A partir do século IV, surge aquele que seria o principal modelo para os hospitais modernos, as instituições comandadas pelos sacerdotes e religiosos da época, aproveitando o momento de crescimento do cristianismo. Eram mosteiros que serviam de abrigo para viajantes e pessoas pobres e doentes. Eram tratados através de plantas medicinais colhidas em seus jardins e já possuíam uma espécie de farmácia. Na Idade Média, as ordens religiosas continuaram a liderar a criação de hospitais.
Hospitais no BrasilO primeiro a ser erguido no país foi a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, idealizado pelo explorador português Braz Cubas por volta de 1543, no antigo povoado de Enguaguaçu, hoje cidade de Santos, nome que derivou do hospital. As dificuldades no início eram grandes, pois os médicos não queriam vir trabalhar no Brasil. Com isso, os jesuítas se encarregavam de todo o atendimento, trabalhando como médicos, farmacêuticos e enfermeiros.
Atualmente, os hospitais de maior destaque no Brasil estão em São Paulo, tendo inclusive o maior complexo hospitalar da América Latina, o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Mas a unidade mais bem equipada do país é da rede privada: o Hospital Israelita Albert Einstein, também em São Paulo, tendo sido preparado para receber pacientes vítimas de acidentes nucleares ou de guerras químicas em seu pronto-socorro.