Foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo semestre de 2010, o Projeto de Lei que cria a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que regulamentará a gestão do lixo no País. O plano tem como objetivo incentivar a reciclagem de lixo e o correto manejo de produtos usados com alto potencial de contaminação, além de estabelecer a responsabilidade compartilhada entre a sociedade, empresas, governos estaduais, a união e prefeituras no manejo correto do lixo.
A partir de agora a lei obriga que fabricantes, distribuidores e vendedores recolham embalagens usadas de materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos. Ou seja, a nova lei prioriza a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes terão de investir para colocar no mercado artigos recicláveis e que gerem a menor quantidade possível de resíduos sólidos.
Outra novidade é a determinação para que as pessoas façam a separação do lixo doméstico nas cidades onde há coleta seletiva. Catadores e a indústria de reciclagem receberão incentivos da União. Além disso, os municípios só receberão recursos do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos depois de aprovarem planos de gestão. A lei também proíbe a criação de lixões a céu aberto, sendo a prefeitura responsável por construir aterros sanitários ambientalmente sustentáveis. É vetado também catar lixo, morar ou criar animais nesses aterros.
Em Porto Alegre, visando se adequar a nova Política Nacional dos Resíduos sólidos, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana ( DMLU) realizou o 2º Seminário do Plano Diretor de Resíduos Sólidos (PDRS). Na oportunidade, duas palestrantes nacionais e 200 convidados debaterão, junto com técnicos locais, a questão municipal inserida no contexto nacional.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a produção diária de lixo nas cidades brasileiras chega a 150 toneladas. Deste total, 59% vão parar nos lixões e apenas 13% são reaproveitados.