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Lixo e reciclagem

Reciclar óleo de cozinha pode contribuir para diminuir o aquecimento global


A destinação adequada para o óleo de cozinha utilizado vem sendo cada vez mais debatida. Sem informações, a maior parte da população ainda despeja o óleo na pia, após o preparo de alimentos. No entanto, de acordo com ambientalistas, trata-se de uma prática altamente poluidora, pois quando descartada de maneira incorreta, a gordura equivalente a 1 litro de óleo pode afetar a oxigenação de até 1 milhão de litros de água.

De acordo com Rosa Ellwamger, agrônoma da comissão de projetos do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), se o produto for absorvido pela rede de esgotos, ocorre o encarecimento do tratamento cloacal em até 45%, sendo que os resíduos que permanecem nos rios provocam a impermeabilização dos leitos e terrenos adjacentes que contribuem para a enchente. “Ao chegar nas redes coletoras, o óleo causa problemas de drenagem e retenção de sólidos e muitas vezes vai parar nos rios e mares, dificultando o tratamento e distribuição de água potável”, salienta.

Quando o resíduo é jogado em solos, ele o impermeabiliza, dificultando o escoamento da água das chuvas e aumentando o risco de enchentes. Por ser menos denso que a água, o óleo forma uma película sobre a superfície, o que reduz a troca de gases entre a água do rio ou mar e a atmosfera, ocasionando a morte de peixes, plantas e outros organismos essenciais à cadeia alimentar aquática.

O Engenheiro Químico do DMLU, Eduardo Fleck, explica que a decomposição do óleo de cozinha gera a emissão de metano na atmosfera. O metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa, contribuindo para o aquecimento da terra. Segundo ele, o óleo de cozinha que muitas vezes vai para o ralo da pia acaba chegando no oceano pelas redes de esgoto. Em contato com a água do mar, esse resíduo líquido passa por reações químicas que resultam em emissão de metano. "Você acaba tendo a decomposição e a geração de metano, através de uma ação anaeróbica (sem ar) de bactérias", ressalta.

Mudança de atitude
A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado direto no lixo, no ralo da pia, no vaso sanitário ou na terra, pode contribuir para diminuir o aquecimento global. Uma das soluções é o reaproveitamento do óleo e a sua transformação em sabão, detergente, biodiesel e resina para tintas, entre outros.

Em Porto Alegre, 108 postos de recolhimento estão aptos a receber o óleo de fritura usado. Trata-se do Projeto de Reciclagem de Óleo de Fritura, criado em junho de 2007 pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Segundo o diretor-geral do DMLU, Mário Moncks, em um ano de funcionamento, foram recolhidos e encaminhados para as indústrias de reciclagem mais de 16 mil litros de óleo de cozinha.

O que fazer

O óleo de fritura separado pela comunidade deve ser acondicionado em garrafas plásticas ou embalagens de vidro e entregue em um dos postos de coleta para este fim. Atualmente, o resíduo entregue pela população tem recebido três destinações. Parte é utilizada como combustível de caldeiras e na produção de farinha que serve como matéria-prima para a fabricação de ração animal. O material também é usado na geração de biocombustível. "É um projeto sem ônus financeiro para o município", esclarece Moncks. Ele ressalta que, a partir de um mapeamento da cidade, houve a distribuição em todas as regiões de postos de coleta, no início limitados às unidades do órgão.

Atualmente, o serviço está disponível em escolas municipais e particulares, universidades, unidades básicas de saúde, sede de associações, empresas, além de secretarias e órgãos municipais.

Clique aqui e confira o endereço dos postos de coleta de óleo de cozinha

 


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Ao contrário dos dados do país, do Estado e da própria Região Metropolitana, a capital registrou resultado positivo à empregabilidade no mês de maio. A informação foi dada nesta quinta-feira, 26, pela secretária municipal do Trabalho e Emprego/Sine, Luiza Neves com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados- Caged, analisados pelo Observatório do Trabalho de Porto Alegre, parceria da SMTE com o Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

“Em maio de 2014 o saldo de empregos celetistas formais no Município de Porto Alegre foi de 1.351 empregos. É o maior registrado no quinto mês do ano desde 2011 e 78% maior que o desse mês no ano passado,” informa o técnico do Observatório e do Dieese, responsável pela pesquisa, Cyrus Afshar. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve aumento mais intenso de admissões que desligamentos na capital gaúcha, em 2,6%. Já o saldo da Região Metropolitana de Porto Alegre foi o mais baixo registrado para um mês de maio, na série histórica iniciada em 2006, de acordo com o Caged.

A secretária Luiza Neves, de posse dos dados do Emprego Formal em Porto Alegre, destaca a Construção Civil e Serviços como responsáveis pela elevação do número de empregos no mês de maio, em Porto Alegre. O setor da Construção Civil foi o que apresentou maior variação absoluta positiva, passando de -6 para 524 e foi, sem dúvida, um dos pontos altos da resposta à recuperação de empregos com carteira assinada em 2014. Embora o maior saldo tenha ocorrido no Setor de Serviços, que chegou a 927, o resultado foi menor que o do ano passado, de 980. “O maior registro negativo se deu no comércio, de menos 140, mas ainda a\ssim foi maior que em 2013, de menos 225”.conclui a secretária.

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