Chocopáscoa
Rodrigo Maia
Das datas comemorativas que fazem alusão à infância, a Páscoa sempre foi a minha preferida por ser a data mais doce do ano em que, felizes, rodeados de chocolates, eu e meus irmãos ríamos e brincávamos.
A cestinha de Páscoa, que começava a ser construída meses antes da data, era feita com caixa de sapato forrada com papel colorido. O ritual de construção da cesta, por si só, já era uma grande diversão. Depois vinha a expectativa sobre o que traria o coelhinho, o que normalmente se repetia: um ovinho pequeno com um ou dois bombons dentro, um coelhinho de chocolate, diversos ovinhos menores, pães de mel, beijo africano, merendinha, pirulitos, balas, além da tradicional casca de ovo de galinha pintada a mão e recheada com amendoins açucarados!
Essas delícias eram devoradas aos pouquinhos, e sempre tinha uma coisa ou outra que não gostávamos e levávamos ao colégio para trocar com os colegas. O envolvimento com a energia da Páscoa não se resumia apenas ao dia, mas em semanas ou meses. Até hoje, quando penso em Páscoa, sou tomado por uma sensação de aconchego, carinho, família, amigos, risadas, infância!
Quanto ao significado religioso da data, deixo as explicações para os católicos de plantão, pois para mim Páscoa sempre foi e sempre será o Dia do Chocolate!