“Saúde não é Mercadoria, Postão resiste” manifestaram os presentes no ato em defesa da emergência em Saúde Mental do PACS

11.05.2022

Com o lema “Ninguém mete a mão no Postão! O PACS é do povo, é da cidade, é da Cruzeiro, é do SUS” protesto denuncia a entrega do Plantão de Emergência em Saúde Mental do Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul (PESM/PACS) para a iniciativa privada. A atividade, realizada pela Comissão de Trabalhadores do PACS, junto com o Simpa, Cores Saúde e Associação dos Servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Assms) ocorreu ao meio-dia desta quarta-feira, 11, em frente à emergência.

O ato contra o empresariamento do serviço para a gestão do Hospital São Lucas da PUCRS, anunciado na semana passada pelo governo, defendeu que o PESM permaneça na região da Cruzeiro. Além de resistir a mais um ataque à saúde pública e desmonte dos serviços.

O representante da Comissão de Trabalhadores do PACS e coordenador do Cores Saúde, Alberto Terres, abriu o evento falando da conquista histórica da comunidade da Cruzeiro que representa o PACS e da importância da defesa intransigente do serviço como produção de vida para a população e contra a possibilidade da entrega do PACS para a iniciativa privada. “Nós estamos aqui porque defendemos a vida, não defendemos o que os empresários defendem que é ganhar dinheiro em cima da doença das pessoas”, enfatizou Terres.

Presente no ato, o coordenador adjunto do Conselho Municipal de Saúde (CMS/POA), pelo segmento usuário, Waldir Bohn Gass, que também é militante e coordenador do Conselho Distrital de Saúde da região Glória, Cruzeiro e Cristal lembrou que o desmonte do PESM acontece apenas um mês depois da realização da 4ª Conferência Municipal de Saúde Mental, que elencou prioridades para o fortalecimento e ampliação da RAPS. Além disso, destacou que o aniversário de 34 anos do PACS é fruto do movimento popular e conquista da comunidade em 1988. “Este Postão só está aqui porque a comunidade lutou, essa luta vai continuar forte, porque nós temos tradição de luta aqui. Tem muita gente comprometida em defender o SUS e uma saúde pública de qualidade de acesso universal, especialmente para a população que mais precisa e parte importante dela vive nessa região”, destacou Bohn Gass.

O integrante da Comissão de Saúde Mental do CMS, usuário Dirceu Rohr, fez referência ao período de pandemia e a relevância do fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) na capital, em que o PESM é um dos componentes. Defendeu a importância da manutenção do serviço perto da comunidade que o conquistou por direito, lembrando que o SUS preconiza a integralidade e o cuidado no território, perto de casa. “O PESM tem que ficar aqui, não tem que ir para dentro do Hospital. Aonde falta atendimento, vai sobrar sofrimento. A gente não quer sofrimento, a gente quer saúde”, disse.

A vereadora Laura Sito (PT) falou da criação da Frente Parlamentar em Defesa do PACS na Câmara Municipal, que será instalada na próxima semana. “Que façamos desta Frente Parlamentar um instrumento de pressão, de defesa do PACS, de defesa da Saúde Mental, contra as terceirizações e o avanço de uma agenda que destrói a saúde publica no município de Porto Alegre”, ressaltou a vereadora.

Ato na página do facebook do CMS:
https://www.facebook.com/conselhodesaudeportoalegre/videos/311078387854921
https://www.facebook.com/conselhodesaudeportoalegre/videos/390525562962949

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