Comunidade da unidade de saúde Tristeza protesta contra privatização do serviço


(Foto CMS)

Na manhã desta quarta-feira, 05, a comunidade da zona sul realizou um ato em protesto contra a terceirização da Unidade de Saúde Tristeza (av. Wenceslau Escobar, 2442). O serviço, que atende, desde 2018, até às 22 horas por meio do Programa Saúde na Hora, é referência para 21 bairros.

A unidade totalmente reformada com dinheiro público, em 2014, foi repassada 
à Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em janeiro deste ano. A AHVN é uma das quatro entidades credenciadas para gerenciamento da atenção primária.


Segundo depoimentos dos moradores e funcionários, o desrespeito da gestão no processo de transferência da equipe para outros postos de saúde está causando adoecimentos nos trabalhadores.


Emocionada, a trabalhadora Eliani de Lourdes Soares, que coordenou a unidade por 15 anos, relatou o descaso com os trabalhadores, que dedicaram parte de suas vidas no cuidado com a saúde da população daquela região. “Nesse momento, eu estou emocionalmente comprometida, é difícil ver as pessoas sendo colocadas em outros postos com uma mensagem “a partir de amanhã tu te apresenta em tal local”, desabafou. “Eu coordenei este posto por 15 anos, sempre fomos responsáveis por mais de 50% da vacinação da região. O nosso atendimento teve um impacto na promoção da saúde e na prevenção das doenças, eu quero que mostrem como vai ficar daqui pra frente”, cobrou Eliani. 
(assita ao depoimento)

“É com maior tristeza que eu estou aqui representado os moradores da Tristeza. A comunidade da Tristeza hoje está arrasada, destruída. Eu já fui assistida muitas vezes por este posto e sempre foram incansáveis aqui. É um desrespeito, uma destruição do que lutamos para conquistar. Esperem passar alguns dias e vocês vão ver, a degradação do posto vai ser total, hoje é o dia que está começando o desmonte”, alertou a moradora da região, Rosa Maris. (assita ao depoimento)

Na semana passada, entidades denunciaram a prefeitura por descumprimento de decisão judicial na implantação no credenciamento das unidades de saúde do Programa Saúde na Hora junto ao Ministério da Saúde. As irregularidades foram apresentadas à Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público Estadual.



  

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