Trabalhadores do PACS denunciam precariedade no atendimento da COVID-19

01.06.2020
 

(Foto divugação CMS/POA - Ato PACS 01.06.2020)

Em ato realizado ao meio-dia desta segunda-feira (01), membros da Comissão de Trabalhadores do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS) e do Conselho Distrital de Saúde Glória Cruzeiro Cristal (CDSGCC), preocupados com a situação estrutural do serviço durante a pandemia, relataram uma série de irregularidades que colocam os trabalhadores e a população em risco. 
 
A comissão lançou uma Carta Aberta aos Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) pedindo providências para a gestão municipal em relação a 10 itens de alerta relacionados às condições para o atendimento ao Covid-19. Entre eles, a falta de testes para os trabalhadores, a inexistência de um plano de contingência com protocolos e fluxos definidos e de treinamento para o atendimento com segurança. Além disso, em plena pandemia do novo coronavírus, não existe uma Comissão de Controle de Infecção na Emergência, e profissionais do grupo de risco com mais de 60 anos não foram afastados do trabalho.
 
O documento alerta, também, que na tenda montada para atender casos suspeitos da doença é utilizado um único banheiro para uso coletivo de pacientes adultos e pediátricos, e dos 6 leitos instalados, apenas dois possuem respiradores. 
 
Na semana passada, após denúncia dos trabalhadores, foi realizada uma fiscalização conjunta de diversas entidades de classe da categoria.
 
Conforme Alberto Terres, conselheiro de Saúde pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) e um dos coordenadores da atividade, antes da realização do ato, a comissão dos trabalhadores, criada inicialmente para lutar por Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), tentou de inúmeras formas dialogar com a gestão municipal. “Antes do ato, fizemos reuniões com a antiga coordenação do PACS, entregamos vários documentos, que foram colocados em processo SEI (sistema eletrônico oficial de processos da prefeitura) sobre o assunto, pedindo para que a direção do serviço orientasse os trabalhadores em relação à utilização dos EPIs e ao atendimento dos pacientes com suspeita de Covid-19, e, mesmo assim, não houve nenhum retorno em resposta às solicitações”, denunciou Terres.
 
O ato contou com o apoio do Conselho Municipal de Porto Alegre (CMS/POA), da CUT-/RS, do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e teve a presença da coordenadora do CMS/POA, usuária Rosa Helena Mendes, da vereadora Karen Santos (PSOL), e das lideranças Elídio Santos e Fabiano Negreiros, da União de Vila da Grande Cruzeiro. A ação foi realizada com respeito ao distanciamento social e todos os participantes usaram máscaras.



  

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