Coleção de suvenires de Porto Alegre destaca patrimônio cultural

Com o objetivo de divulgar e valorizar o patrimônio cultural de Porto Alegre, a Coordenação da Memória Cultural da Secretária Municipal da Cultura desenvolveu uma coleção de suvenires, inicialmente composta de camisetas e canecas. Elas têm estampas exclusivas, produzidas pelo artista gráfico e professor de arte Joaquim da Fonseca, retratando o Mercado Público, o Paço Municipal, o Chalé da Praça XV e o Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo.

As camisetas, nas cores branco ou preto (R$ 20,00), e as canecas, em louça branca (R$12,00), podem ser adquiridas na Ilhota Livros, situada no Memorial do Mercado Público (Largo Glênio Peres, s/n - 2º andar) e também no Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo (Rua João Alfredo, 582).

Joaquim da Fonseca é um dos maiores ilustradores em atividade no Brasil, e possivelmente o melhor em se tratando de paisagens. A coleção utiliza desenhos ilustrativos especialmente criados pelo artista para identificação e promoção de monumentos e espaços públicos significativos da cidade. A reprodução desses desenhos será utilizada em diferentes suportes na sinalização turístico-interpretativa do Centro Histórico de Porto Alegre e também em folhetaria, além dos mencionados suvenires. Os originais passam a integrar o acervo da Pinacoteca Municipal Aldo Locateli.

Trajetória

Nascido em Alegrete, em 1935, Joaquim da Fonseca é um artista múltiplo. Foi ilustrador, diagramador e chefe de redação da extinta Revista do Globo. Mestre em artes plásticas pela Universidade de Syracuse (Nova York, EUA), foi professor de comunicação visual e gráfica da UFRGS, formou algumas gerações de profissionais do ramo e é autor de diferentes livros sobre o tema, além de publicar obras autorais e ilustrar um enorme número de outras publicações.

No anos 80, ilustrou Traçando Paris, em parceria com Luis Fernando Verissimo (autor dos textos), que depois virou série e abordou Nova York, Roma, Madri, Japão e Porto Alegre, terminando com Buenos Aires de Boca a River, onde Fonseca escreveu também os textos. Participa de mostras desde a década de 1950 e nos últimos anos vem se dedicando à aquarela com temas voltados à paisagem urbana e rural do Rio Grande do Sul.

"Não sou bom cavaleiro, então tento participar desenhando", assim começa um artigo publicado em 1999 sobre uma mostra de Joaquim Fonseca chamada As Estâncias. Usando a técnica da aquarela – que segundo ele realça a paisagem – o artista registra tanto cenas campestres quanto urbanas com uma maestria incomum e uma evidente predileção pelos elementos mais carregados de historicidade. Sem cair no saudosismo normalmente evocado em outros séculos pela arquitetura antiga em bicos de pena, o traço de Joaquim é decididamente contemporâneo.

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