O mundo está envelhecendo. Em 2050, estima-se que existirão cerca de dois bilhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo e que o número de idosos ultrapassará o de crianças abaixo de 15 anos, fenômeno inédito em nossa história. O envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e o aumento da esperança de vida. Não é homogêneo para todos os seres humanos, sofrendo influência dos processos de discriminação e exclusão associados ao gênero, à etnia, ao racismo, às condições sociais e econômicas, à região geográfica de origem e à localização de moradia.
O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos – senescência - o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema. No entanto, em condições de sobrecarga como, por exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional podem ocasionar uma condição patológica que requeira assistência - senilidade.
O maior desafio na atenção à pessoa idosa é conseguir contribuir para que, apesar das progressivas limitações que possam ocorrer, elas possam redescobrir possibilidades de viver sua própria vida com a máxima qualidade possível. Essa possibilidade aumenta na medida em que a sociedade considera o contexto familiar e social e consegue reconhecer as potencialidades e o valor das pessoas idosas. Portanto, parte das dificuldades das pessoas idosas está relacionada a uma cultura que as desvaloriza e limita.
Capital gaúcha - Porto Alegre é a capital brasileira com maior percentual de idosos (15% da população) identificado pelo último Censo do IBGE de 2010. A partir desta realidade, é fundamental direcionar esforços na construção de políticas públicas que contemplem esta população nos seus mais variados segmentos: envelhecimento saudável, prevenção em saúde e atividade física, reforço de laços familiares, alimentação adequada, cuidados básicos e especializados, viabilizar hospitalizações e intermediar institucionalizações quando esgotadas todas as possibilidades de manter o convívio familiar.
A independência e a autonomia, pelo maior tempo possível, são metas a serem alcançadas na atenção à saúde da pessoa idosa. Evitar ou postergar a dependência passa a ser uma função de todos os profissionais da saúde, e o envelhecimento ativo e saudável é o grande objetivo nesse processo.
A área específica de Saúde do Idoso está à disposição no telefone 3289-2780, 2º andar da
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