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Tuberculose, Tabagismo, Oxigenoterapia e Asma

Tuberculose

Em Porto Alegre foram registrados 1452 casos novos em 2014. No Rio Grande do Sul, são 5 mil novos doentes por ano. A estimativa mundial é de 10 milhões, com 3 milhões de mortes.

Luta contra a tuberculose
O Dia Mundial de Combate à Tuberculose é comemorado em 24 de março  e o dia Estadual é comemorado dia 23 de setembro. Doença praticamente controlada no fim do século passado, hoje a tuberculose permanece afetando a saúde e o desenvolvimento da humanidade, com um terço da população mundial infectada, 8 milhões de doentes e quase 2 milhões de mortes a cada ano. No Brasil, a cada ano adoecem 80 mil pessoas e quase 5 mil morrem devido à doença, que tem tratamento e cura.

Sintomas
Tosse com catarro por três ou mais semanas:
- Perda de apetite;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Febre, em geral baixa e no final do dia;
- Suores noturnos.

Prevenção
A vacina contra tuberculose é o BCG. Ela é feita nas crianças ao nascer  protege somente contra as formas graves da doença, mas não impede totalmente que ela possa adoecer.

Onde buscar atendimento?
Os pacientes que apresentarem sintomas da doença deverão comparecer à Unidade de saúde mais próxima da sua residência.

Programa Municipal de Controle da Tuberculose


A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria, o Bacilo de Koch. Atinge principalmente os pulmões, mas pode acometer diversas partes do corpo, como pleura (derrame pleural), ossos, meninge (meningite tuberculosa), gânglios (ínguas), ovário, trompas, testículos, intestino, entre outros. É transmitida pelo ar (da respiração), através de gotículas de saliva de uma pessoa que está com tuberculose pulmonar, ao falar, tossir ou espirrar. A tuberculose pode acontecer em diversas áreas do corpo, mas é só quem tem tuberculose no pulmão, com exame de escarro positivo ou TRM detectável  que tem o risco de contaminar outras pessoas.

A tuberculose é uma doença de Notificação Compulsória, ou seja, de controle obrigatório pela Secretaria de Saúde. Tendo como uma das ações implantar em todas as Unidades de Saúde do município, as atividades de prevenção, busca de casos, diagnóstico e tratamento e também  a procura sistemática de sintomáticos respiratórios, busca dos pacientes faltosos, bem como supervisionar e realizar a investigação e controle dos contatos.

Como confirmar a doença?

Através de exames de escarro, com a pesquisa do bacilo, raio X de tórax, Teste de Mantoux (em algumas situações).

Outros exames estão indicados de acordo com a localização da doença, como, por exemplo, exame de urina para tuberculose renal e raio X para tuberculose óssea.

Esses exames são realizados na rede de saúde de Porto Alegre.

Qual o tratamento?
O tratamento é realizado com o uso de antibióticos especiais para tuberculose, chamados de tuberculostáticos.
Esses medicamentos são encontrados somente na rede pública de saúde, não sendo vendidos comercialmente no Brasil.

O tratamento dura  no mínimo seis meses, devendo ser sempre levado até o final. É comum as pessoas interromperem o tratamento após 2 ou 3 meses, pois os principais sintomas já desapareceram. O problema é que a doença ainda não está curada e o risco de recaída é muito alto, ficando cada vez mais difícil de curar a doença, pois os bacilos se tornam resistentes.


Programa Municipal de Controle do Tabagismo

O tabagismo é uma doença epidêmica resultante da dependência de nicotina. Fumando, as pessoas se expõem a cerca de 4.720 substâncias tóxicas, fazendo com que o tabagismo seja causa de quase 50 doenças diferentes. As principais são as doenças do coração, câncer, de pulmão, boca, laringe, pâncreas, rins, bexiga, colo do útero e esôfago, e as doenças respiratórias, principalmente bronquite e enfisema.


Quantos fumam?

Hoje, temos 1,2 bilhão de fumantes no mundo. Destes, 30,6 milhões estão no Brasil.
No Brasil, a Região Sul tem o maior índice de tabagistas na população geral, 42%, segundo o Ministério da Saúde. Em Porto Alegre, cerca de 25,2% da população é fumante, sendo 28,2% entre os homens e de 22.9% entre mulheres (Ministério da Saúde, 2004).


Um levantamento com base escolar realizado com 1.801 estudantes de 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio em Porto Alegre em 2002, VIGESCOLA (Vigilância de Tabagismo em Escolares) , revelou:

48% já fumaram (masc. = 41% e fem. = 54%)

20% fumam (masc. = 16% e fem.= 24%)

51% têm exposição ambiental (convivem com fumantes em casa)

60% desejam parar de fumar


Quantos morrem?

Atualmente o tabagismo é responsável por cerca de 5 milhões de mortes ao ano no mundo. Se esse quadro não for revertido, em 2030 serão 10 milhões de mortes ao ano devido ao fumo.
No Brasil, são estimadas cerca de 200 mil mortes ao ano em conseqüência do tabagismo (OMS, 2002). Em Porto Alegre, são cerca de mil óbitos ao ano associados ao fumo.


Como parar de fumar?

Pesquisas mostram que cerca de 80% dos fumantes querem parar de fumar, mas apenas 3% conseguem a cada ano, a maior parte consegue sozinho, sem ajuda. Mas muitas pessoas necessitam ajuda para conseguir parar de fumar.
No auxílio para parar de fumar é muito importante o apoio da família e de profissionais de saúde. Em várias unidades básicas de saúde de Porto Alegre é possível participar de Grupos de Apoio ao Tabagista, com equipes multi-profissionais capacitadas para informar e auxiliar o fumante a parar de fumar. Caso seja necessário o uso de medicação específica para esse fim, ela já está disponível em algumas unidades.


Onde buscar atendimento?

Procure orientação na unidade de saúde mais próxima da sua residência.


Informações através do fone: 3289.2774.

Programa Municipal de Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada
Centro de Saúde Vila dos comerciários – área 9 – Tel. 3289-4060

Formulário para requisição para suporte ventilatório em domicilio.

Quem precisa de oxigênio?


O maior número de pessoas que são candidatos ao uso de oxigênio continuamente são ex-fumantes, portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. O uso contínuo de oxigênio está indicado para quem apresentar:
- Pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2) igual ou abaixo a 55 mmHg ou saturação de hemoglobina no sangue arterial (SaO2) menor que 88 %;
- Pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2) entre 56 e 59 mmHg na presença de eritrocitose (hematócrito maior que 55 mg%), insuficiência cardíaca congestiva ou sinais sugestivos de cor pulmonal.
- Estes valores são mantidos baixos apesar do tratamento adequado para a doença por pelo menos 3 meses.

Que documentos e exames são necessários?

- Todos os exames devem ser recentes, coletados até 30 dias antes da entrada do pedido de oxigênio.
O médico assistente fica responsável pelo encaminhamento dos pacientes para avaliação pela equipe e pelo fornecimento dos exames de laboratório que comprovem a real necessidade da utilização de oxigênio domiciliar.

Os documentos necessários são:
- Laudo fornecido pela equipe de oxigênio e preenchido pelo paciente e pelo familiar
- Laudo fornecido pela equipe de oxigênio e preenchido pelo médico do paciente;

- Gasometria arterial em repouso sem Oxigênio – este é o exame que define quem se beneficia e quem não se beneficia de oxigênio contínuo. A gasometria deve ser coletada em um momento de estabilidade da doença (longe das descompensações e das internações hospitalares), sem o uso de Oxigênio há pelo menos 20 minutos e com pcte estável e com tratamento completo para a doença pulmonar há pelo menos 3 meses. Se o pcte estiver internado e a gasometria mostrar valores de oxigênio baixo, coletar novamente em 3 meses e caso estes valores permaneçam baixo, aí sim encaminhar pcte para uso de oxigênio domiciliar.
- Raio-X  de tórax – caso esteja disponível trazer tomografia de tórax;
- Espirometria se disponível

- Hemograma;
- Eletrocardiograma  - ecocardiograma se disponível - em casos nos quais o ECG não demonstre cor pulmonale;
- Comprovante de endereço no nome do paciente e comprovante no nome do familiar responsável, caso o encaminhamento dos pedidos não esteja sendo feito pelo próprio paciente.
- RG, CPF e Cartão SUS do paciente
- RG e CPF no nome do familiar responsável, caso o encaminhamento dos pedidos não esteja sendo feito pelo próprio paciente.

Qual equipamento é fornecido?

O equipamento fornecido é o Concentrador de Oxigênio – este equipamento funciona com energia elétrica e tem alto consumo. Após o início do uso de oxigênio domiciliar, é necessário a repetição da gasometria a cada 2 meses. Alguns pacientes, com a melhora da gasometria vão poder parar de usar oxigênio, enquanto outros vão manter uso por períodos prolongados.

Outros Equipamentos Fornecidos:

O Programa de Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada da Prefeitura Municipal de Porto Alegre também fornece, conforme disponibilidade, equipamentos de CPAP, indicado para indivíduos com apneia do sono e equipamentos de Bipap, para uso em casos de ventilação domiciliar nos pacientes com doenças neuromusculares. Nos casos de apneia do sono, é necessário a apresentação de polissonografia, sem uso de CPAP, para comprovação da apneia e estimativa da gravidade.
Nos casos em que seja necessário uso de Bipap, devem ser encaminhados, junto com o laudo padronizado fornecido pelo programa e preenchido pelo médico assistente, os exames que comprovem a doença de base (eletroneuromiografia, biópsia muscular, testes de DNA, etc.) e a necessidade do uso de Bipap (polissonografia, espirometria, manometria de pressão ins e expiratórios, etc.).

Onde buscar informações?

Outras informações junto à Equipe de Oxigenoterapia, no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, área 9, fone 3289-4060.

Este programa atende somente moradores de Porto Alegre.

Caso você more em outro município, a Secretaria Estadual de Saúde desenvolve um programa muito semelhante, atendendo a todos os municípios do Estado que não estejam em Gestão Plena de Saúde. Busque maiores informações na Secretaria de Saúde do seu município ou na própria Secretaria Estadual de Saúde.


Programa Municipal de Asma


A asma, também conhecida como "bronquite asmática", é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, que se caracteriza por episódios repetidos de falta de ar, sibilância/chiado no peito e tosse. Essa inflamação faz com os brônquios reajam com estreitamento a vários estímulos, alérgicos e não alérgicos, dificultando a passagem do ar - as crises de asma. A sensação nas crises pode ser de falta de ar, opressão no peito, dificuldade para encher ou esvaziar os pulmões, chiado e tosse. É comum acordar à noite com tosse ou tosse ao exercício serem os únicos sintomas. Ela pode iniciar em qualquer idade, sendo mais comum aparecer durante a infância, atingindo de 5 a 23% das crianças.


Fatores desencadeantes comuns::

Alérgicos: ácaros (poeira domiciliar), pólens, fungos (mofo) e pêlos de animais. Conservantes, corantes alimentares (raramente desencadeiam crises)

Agentes irritantes: fumaças (cigarro, perfume, odores fortes, industrial). Poluição ambiental e alterações climáticas súbitas

- Agentes infecciosos: infecções virais (viroses, resfriados)

- Esforço físico: exercício físico

- Digestivos: refluxo gastro-esofágico

- Psicológico: fatores emocionais

Como tratar?

É importante entender que há dois tratamentos diferentes para asma:

- Crise: O que se quer é relaxar ou "dilatar" as vias aéreas para aliviar a falta de ar. O medicamento usado é o broncodilatador. Pode ser usado em spray ou com nebulização - por via inalatória. pelo efeito ser mais rápido. A duração do efeito é curta, cerca de 4h.
Se a crise é mais severa ou frequente, é fundamental associar o corticoide para o tratamento adequado.

- Prevenção: O que se quer é prevenir as crises, diminuindo o sofrimento e a necessidade de consultas em emergências e de internações hospitalares. Com isso, é possível que os asmáticos tenham uma vida normal, inclusive com a prática de esportes.
O medicamento usado é um anti-inflamatório. Deve ser usado, preferencialmente, pela via inalatória - spray, praticamente sem efeitos colaterais significativos, portanto muito segura.
É recomendado ficar usando sempre essa medicação pois é a forma de prevenir as crises.


Onde tratar?

Hoje é possível encontrar atendimento em diversas Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre, tanto para crianças como para adultos. Procure informações na unidade mais próxima da sua residência ou através do fone 156.


Conselhos úteis:

- Procure ter uma vida saudável: pratique esportes

- Mantenha a casa limpa a arejada. Use, de preferência, pano úmido;

- Cuide do seu quarto: mantenha-o limpo, sem tapetes ou carpetes, sem cortinas.

- Retire bichos de pelúcia e almofadas. Afaste a cama da parede;

- Evite animais em casa. Se já tiver, dê banho toda semana e afaste-os do quarto;

- Não permita que fumem dentro de casa;

- Previna-se contra gripes e resfriados;

- Não pare de usar os medicamentos preventivos, assim as crises não irão incomodar;

- Não tenha medo dos sprays ("bombinhas"). Elas não viciam e não fazem mal ao coração. Pergunte ao seu médico.

Qualquer informação: 3289-2774


Atenção: programa exclusivo para indivíduos domiciliados e residentes na cidade de Porto Alegre


Alguns indivíduos com problemas respiratórios, principalmente enfisema pulmonar, em estágios avançados da doença, têm níveis muito baixos de oxigênio no sangue. Quando os baixos níveis de oxigênio persistem por mais de três meses, apesar do tratamento adequado do enfisema, o uso de oxigênio continuamente pode aumentar a expectativa de vida daqueles indivíduos atingidos pela doença.
Outras pessoas precisam usar oxigênio para alívio da falta de ar, em condições nas quais outros tratamentos são ineficazes, – câncer de pulmão ou metástases de outros cânceres para o pulmão por exemplo – aonde o oxigênio não vai aumentar a expectativa de vida, mas somente aliviar um pouco a falta de ar. Assim, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre desenvolve, desde 2000,
o Programa de Oxigenoterapia Domicilar (POD). 


              

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